PPGL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAC DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAC Phone: (81) 99262-6709

Banca de QUALIFICAÇÃO: LUIZ HENRIQUE COSTA DE SANTANA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUIZ HENRIQUE COSTA DE SANTANA
DATA : 09/10/2024
LOCAL: google meet
TÍTULO:

QUE HISTÓRIA VOU CONTAR? O MUNDO SE DESPEDAÇA ENQUANTO A PAZ DURA POUCO, DE CHINUA ACHEBE: UMA CONTRANARRATIVA AO DISCURSO COLONIAL



PALAVRAS-CHAVES:

Chinua Achebe; contranarrativa; discurso colonial


PÁGINAS: 136
RESUMO:

Ao longo da pesquisa pode-se notar que a escrita anticolonial nos auxilia em uma leitura do processo de colonização de África marcado por estratégias que promoveram a deshumanização e a animalização dos sujeitos africanos. Diante disso, a literatura surge como uma expressão artística e cultural que reafirma ou que aponta para os estigmas da colonização, para os rastros do colonialismo e as marcas da colonialidade. Neste trabalho abordamos os romances O mundo se despedaça e A paz dura pouco, do escritor nigeriano Chinua Achebe, a fim de comparar as representações tecidas no âmago na narrativa com as imagens basilares do imperialismo europeu. Para tanto nos respaldamos em pesquisadores ligados às perspectivas Pós-Coloniais, tais como: Aimé Césaire (1978); Achille Mbembe (2001; 2013; 2018; 2019a; 2019b); Frantz Fanon (2019); Amílcar Cabral (1980); Grada Kilomba (2019), que versam, entre outros, acerca das questões dos sujeitos colonizados e do colonialismo. O capítulo dorsal desta dissertação, intitulado de Black Zone: o espaço entre a parede e o espelho, explora temas de raça, racismo e colonialismo através de um diálogo entre obras literárias e críticas culturais. Inicia-se apresentando as obras centrais. Em seguida, aborda-se a complexidade do racismo, destacando os pensamentos de Fanon e Achebe. A crítica cultural de Mbembe e Achebe é discutida como uma forma de contranarrativa, assim como a perspectiva de Kilomba em relação ao solo da plantação. Investiga-se também a colonização, o colonialismo e os discursos coloniais, apresentando um mundo dividido. Por fim, a dissertação questiona o papel da literatura na opressão colonial, argumentando que a literatura não apenas reflete, mas também desafia, questiona e entende realidades do contexto colonial. Até então, constatamos que a escrita de Achebe é potencialmente política, elaborando um discurso contra-hegemônico que provoca o questionamento das estruturas da colonialidade, que ainda ecoam em nossos dias e precisam desmoronar. Assim, foi possível notar, em O mundo se despedaça e em A paz dura pouco, a presença das vozes dissidentes que narram contra a opressão colonial. Dessa forma, a escrita de Chinua Achebe é vista por nós como urgente, capaz de nos contar outras histórias, de outras Áfricas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2166090 - IMARA BEMFICA MINEIRO
Interno - 1420448 - RICARDO POSTAL
Externo à Instituição - DANIEL CONTE
Notícia cadastrada em: 24/09/2024 09:23
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