ESPAÇO E ROMANCE, DA TEORIA À PRÁTICA: UMA LEITURA DA RAINHA DOS CÁRCERES DA GRÉCIA À LUZ DA TEORIA DE OSMAN LINS SOBRE O ESPAÇO NARRATIVO.
espaço; romance; narrativa; Osman Lins; ambientação.
O estudo disserta sobre a aplicação das concepções da teoria sobre o espaço em Lima Barreto e o Espaço Romanesco (1976), de Osman Lins, no romance do próprio autor: A Rainha dos cárceres da Grécia (1976). Para isso, através de uma pesquisa de natureza bibliográfica, fizemos, primeiramente, um levantamento das referências teóricas e literárias usufruídas pelo autor pernambucano na elaboração de sua teoria da espacialidade ficcional. Em seguida, recorremos a um referencial teórico mais recente acerca da categoria do “espaço” a fim de aferir o trânsito, a evolução do objeto e a importância dele para a nossa pesquisa. O nosso objetivo é corroborar a fortuna crítica sobre o espaço romanesco, mais precisamente a tese de Lins que se debruça em narrativas de Lima Barreto, como Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá (1997). A tese da espacialidade osmaniana se sobressai em estudos similares por revelar o espaço a partir do prisma da ambientação e suas devidas categorias: franca, reflexa e oblíqua. A investigação da tese osmaniana e a sua aplicação no último romance escrito por Lins ressaltam o nosso interesse em averiguar qual a abrangência do pensamento teórico desenvolvido pelo escritor pernambucano durante a sua plena maturação artística.