EXPOSIÇÕES INDÍGENAS EM RECIFE:
formas expositivas e a comunicação de si e do Outro (2015-2022)
Povos indígenas; formas expositivas; expografia; museus; espaços expositivos
A expografia, as formas de expor, das exposições comunicam e são construídas a partir de intencionalidades, nesta pesquisa nos debruçamos sobre exposições atravessadas pelas questões indígenas, tendo por recorte especial a cidade do Recife, e por recorte temporal entre 2015 a 2022, que marcam profundamente mudanças no cenário político e cultural do Brasil entre governos de posicionamentos políticos partidários distintos. Por meio das formas geradas nos processos de constituição das exposições, percebemos estas como possíveis documentos historiográficos e propomos a utilização de uma metodologia a partir dos trabalhos da Mariana Galera Soler (2015;2021) e do Jean Davallon (1992), para realização do registro da efemeridade expositiva. Assim como, também utilizamos por metodologia, através das reflexões apresentadas pela Linda Tuhiwai Smith (2018), a constituição de um comitê consultivo e propositivo composto por pessoas indígenas de grupos étnicos e origens diversas. Dentro do recorte analítico e temporal da presente pesquisa, realizamos um mapeamento das diversas exposições que possuem objetos indígenas, classificados pelas instituições museológicas, expositivas, de arte e cultura por tipologias não unificadas (arte, artesanato, arqueológico, antropológico, histórico) escolhendo as duas exposições para o estudo: “Pernambuco, território e patrimônio de um povo” (Museu do Estado de Pernambuco) e “Ziel Karapotó - Como Fumaça” (Christal Galeria). Estas ocorreram em espaços com características expográficas, administrativas e históricas importantes para análise do cenário das constituições comunicativas sobre si e sobre o outro, no que diz respeito aos povos indígenas.