PPGFILO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA - CFCH DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA - CFCH Téléphone/Extension: 999488088-

Banca de DEFESA: FLAVIO AIRES CAMARA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FLAVIO AIRES CAMARA
DATA : 23/09/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Sala Virtual
TÍTULO:
O amor em Theodor Adorno: dos limites do seu conceito à sua concretude corpórea

PALAVRAS-CHAVES:
Adorno. Amor. Medo. Afeto. Corpo
 

PÁGINAS: 102
RESUMO:

Reconhecido como um filósofo nebuloso, Adorno fez uma crítica à razão esclarecida que a teria tornado inválida, incapaz de formular qualquer determinação. A razão esclarecida quis extinguir da humanidade o sentimento do medo, mas ocorreu um efeito colateral, ou seja, houve o alastramento dele por todas as intimidades da cultura. O esclarecimento pretendendo controlar a natureza através do método repetitivo, significou a reposição do medo de perder sua capacidade de produzir leis sobre os impulsos daquela. Com efeito, Adorno tinha aplicado um golpe letal no esclarecimento, deixando o conhecimento incapaz de fazer previsões e, por conseguinte, a humanidade perderia sua maioridade, dirá seus adversários. Pelo contrário, Adorno em toda sua obra esforçou-se em esboçar um outro modelo de racionalidade, aberta a experiência e introduzindo o mundo sensível nas suas abordagens. Ele elabora de modo mais enfático sua estrutura apoiado na negatividade da dialética, na qual o sujeito diante do objeto não coloca mais neste suas categorias como bem entende. O objeto não recebe nenhum fixador da subjetividade, uma vez que possui uma mobilidade histórica que contesta o sujeito, daí resta-lhe reexaminar a intervenção do conceito no objeto. Se a razão esclarecida tem como respaldo o medo, qual, então, é o afeto que nutre esta relação não repressiva? Na arte autêntica, segundo Adorno, quando o espectador se aproxima dela não forja uma leitura fixa, mas é convidado a interpretar numa remontagem singular e aberta a outras decodificações. Aqui está um modelo de racionalidade não violenta, estimulada pela atração da afeição do amor. Um encontro entre quem ama e quem é amado, sem que este ou aquele queiram suplantar-se mutuamente. Outro elemento abordado nesta investigação, será: qual a qualidade do amor nesta relação? Garantido sob a reciprocidade de corpos concretos, amar trata-se de um movimento sinuoso, no qual o amor ora avança, ora regride e nem sempre gratifica o desejo do outro. Enfim, o amor é entendido, nesta pesquisa, enquanto um sentimento dinâmico e que possui várias combinações remontadas, nas quais podem sugerir um afeto nem sempre agradável.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2143028 - FILIPE AUGUSTO BARRETO CAMPELLO DE MELO
Externa ao Programa - 3322302 - MARIANA FIDELIS JERONIMO DE OLIVEIRA - nullExterna à Instituição - RAQUEL PATRIOTA DA SILVA - UFRN
Externo ao Programa - 1657553 - THIAGO ANDRE MOURA DE AQUINO - null
Notícia cadastrada em: 22/09/2024 18:49
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