A presente dissertação visa analisar os diários de Sylvia Plath (1950-1962) a partir da fenomenologia hermenêutica de Martin Heidegger. Propus que os diários servem como testemunho ôntico-existencial das teses ontológicas heideggerianas, sobretudo acerca do impessoal e do ser-para-a-morte. Ademais, explorei, a partir da fenomenologia de Heidegger, a interpretação do suicídio — tema que também se encontra presente nos diários de Plath — enquanto dissolução da verdade. Para tanto, apresentei as razões pelas quais a análise fenomenológica guia a pesquisa e de que forma esta procede no tocante ao ser do ente humano e sua finitude. Dessa forma, expus a caracterização fenomenológico-existencial do ente que morre (o Dasein), bem como o modo da existência impessoal que “foge” do seu caráter primordial de ser-para-a-morte e a revelação deste na angústia. Também foram considerados, a partir do pluralismo ontológico heideggeriano, os modos de ser finito, especialmente o do ente que existe e desvela os entes em seu ser. Ainda, expus o conceito de verdade em Heidegger, tanto para explorar a afirmação do suicídio enquanto sua dissolução, quanto para justificar o testemunho dos diários considerados enquanto obra de arte. Por fim, apresentei os Diários de Sylvia Plath: 1950-1962 à luz das teses fenomenológicas expostas.