Banca de DEFESA: MARYANNA REGINA DE SOUZA ROBERTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARYANNA REGINA DE SOUZA ROBERTO
DATA : 17/02/2025
HORA: 09:00
LOCAL: meet.google.com/ypq-mrhr-fve
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA DOSE OCUPACIONAL E DA DOSE EM PACIENTES PEDIÁTRICOS DURANTE PROCEDIMENTOS EM CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA


PALAVRAS-CHAVES:

dosimetria de pacientes pediátricos; dosimetria ocupacional; cardiologia intervencionista pediátrica; proteção radiológica


PÁGINAS: 90
RESUMO:

As radiações ionizantes são fundamentais para o avanço diagnóstico e terapêutico na medicina. No contexto do intervencionismo cardíaco pediátrico, essencial para pacientes cardiopatas, busca-se reduzir a invasividade, promovendo uma recuperação mais rápida e menores riscos. Entretanto, apesar dos benefícios, os procedimentos intervencionistas geralmente envolvem o uso prolongado de fluoroscopia, expondo pacientes e trabalhadores a riscos radiológicos. Este trabalho apresenta os resultados da dosimetria realizada em médicas e pacientes pediátricos, durante intervenções cardíacas percutâneas, realizados entre março de 2023 e agosto de 2024, em dois hospitais de referência na cidade de Recife, Pernambuco. Foram analisados 131 procedimentos, avaliando-se a dose em pacientes por faixa etária, dividida em quatro faixas e a dosimetria ocupacional avaliada individualmente, em procedimentos diagnósticos e de tratamento. Os procedimentos foram realizados por meio dos angiográfos da Philips (modelo Azurion 7) e da Siemens (modelo Artis Zee Ceiling), dotados por detectores flat panel. Durante as intervenções, foram registrados parâmetros de irradiação e informações como o número de imagens, tempo de exame e fluoroscopia. Além de grandezas dosimétricas como kerma no ar no ponto de referência (Ka,r) e produto kerma ar-área (PKA). Os resultados da dosimetria de pacientes mostraram valores de Ka,r na Instituição I entre 14 a 932 mGy, enquanto na Instituição II, houve uma variação entre 35 a 1.111 mGy. Para a dosimetria ocupacional, foram utilizados dosímetros termoluminescentes nas regiões dos olhos e nas mãos das médicas, além de dosímetros posicionados sobre o tórax e na região da tireoide, com o objetivo de estimar a dose efetiva. Os resultados indicaram que, nas instituições avaliadas, a médica principal pode exceder o limite anual de 20 mSv na região dos olhos após realizar 4 procedimentos, enquanto a médica auxiliar alcança esse limite após 3 procedimentos. É importante destacar que mensalmente são realizados, no mínimo, 20 procedimentos cirúrgicos. Os maiores valores de equivalente de dose pessoal Hp(d) observados neste estudo foram registrados durante procedimentos de tratamento. Para a médica principal, as doses máximas alcançaram 925 µSv na Instituição I e 1.138 µSv, na Instituição II. Já para a médica auxiliar, os valores máximos foram de 1.298 µSv, na Instituição I e 854 µSv na Instituição II. Em relação à dose efetiva, calculada pelo algoritmo proposto por von Boetticher et al., (2010), as maiores médias foram registradas na Instituição I para a médica principal e sua auxiliar, durante cirurgias de tratamento, 9,6 μSv e 6,3 μSv, respectivamente. Já na Instituição II, as doses efetivas médias foram de 22,8 μSv para a médica principal e 10,6 μSv para a auxiliar. Os resultados apontam que procedimentos intervencionistas, mesmo em pacientes pediátricos, estão associados a exposições ocupacionais significativas, sendo assim, medidas de radioproteção precisam ser implementadas afim de otimizar as doses recebidas pelos pacientes e profissionais.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - JULIANA RODRIGUES NEVES
Externo à Instituição - MARCOS ELY ALMEIDA ANDRADE
Externa à Instituição - REGINA BITELLI MEDEIROS
Interno - 1800093 - VINICIUS SAITO MONTEIRO DE BARROS
Notícia cadastrada em: 22/01/2025 19:31
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