O PENSAMENTO SOCIAL DA MULHER NEGRA NO BRASIL: A INDISSOCIABILIDADE ENTRE SUBJETIVIDADE E PRODUÇÃO EPISTEMOLÓGICA PRESENTE NA LITERATURA NEGRA E DECOLONIAL
Literatura negra; escrevivências; subjetividade; epistemologias negras; decolonialidade.
Este projeto de pesquisa tem como objetivo analisar de que maneira a literatura produzida por mulheres negras promove a indissociabilidade entre subjetividade e produção epistemológica, em que o corpus desta pesquisa incide sobre a literatura de Maria Firmina dos Reis, Carolina Maria de Jesus e Conceição Evaristo, promovendo um diálogo contínuo com outras autoras negras feministas e decoloniais. Tomando como base o método da escrevivência. Parte-se do pressuposto de que mulheres negras têm desafiado os cânones hegemônicos, propondo novas epistemologias para pensar raça, gênero e poder a partir de perspectivas em que sujeitas negras emergem como protagonistas de seu fazer epistêmico, desenvolvendo paradigmas próprios. A relevância deste estudo reside no reconhecimento da produção intelectual de autoras negras como um campo fértil para a desconstrução de modelos eurocêntricos de conhecimento, destacando a corporeidade como elemento fundamental na construção de saberes. O arcabouço teórico deste trabalho está ancorado nas contribuições de pensadoras negras que fundamentam a discussão sobre decolonialidade, interseccionalidade e escrevivência. Dentre as autoras centrais, destacam-se: Conceição Evaristo, Sueli Carneiro, Carla Akotirene, Beatriz Nascimento e Lélia Gonzalez. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, que se baseia na análise de fontes bibliográficas caracterizadas pela escrita negra feminina decolonial. A metodologia está alicerçada nos princípios da escrevivência enquanto prática teórico-metodológica, que combina: a indissociabilidade entre subjetividade e produção epistemológica, articulada pela escrevivência.