Banca de DEFESA: DENIS VICTOR LINO DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DENIS VICTOR LINO DE SOUSA
DATA : 20/03/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

COMPREENDENDO A TOMADA DE DECISÃO INVESTIGATIVA E SEU IMPACTO NA ENTREVISTA DE SUSPEITOS



PALAVRAS-CHAVES:

Tomada de Decisão Investigativa, Entrevista Investigativa, Interrogatório, Treinamento.


PÁGINAS: 198
RESUMO:

Tomada de decisão investigativa é uma área de estudo, pesquisa e intervenção que vem ganhando visibilidade no meio acadêmico e prático desde que foi identificado o seu papel central na qualidade ou falhas de investigações policiais e erros judiciais subsequentes. Além disso, é amplamente defendido que a tomada de decisão investigativa impacta diretamente em como o policial irá conduzir uma entrevista com o suspeito de um crime, onde a busca por confirmar sua hipótese levaria a práticas inadequadas e potencialmente erros de justiça. Apesar do reconhecimento internacional de sua importância, no Brasil ainda não houve uma pesquisa empírica sobre o tema, impedindo que possamos compreender como os delegados e investigadores tomam decisões e como otimizá-las, evitando que vieses e heurísticas interfiram negativamente na fase pré-processual e na entrevista com um suspeito. Diante dessa lacuna a presente tese teve por objetivos compreender a percepção dos policiais civis sobre sua própria tomada de decisão investigativa, analisar como a decisão policial pode interferir no planejamento de uma entrevista com suspeito e se um treinamento é capaz de aprimorar as habilidades dos policiais em tomada de decisão e planejamento de entrevista. No estudo 01, quinze delegados da Polícia Civil com experiência na investigação de homicídios. Os dados foram analisados a partir de Análise de Estrutura de Similares, estatísticas descritivas e Análise Temática. Os resultados apontaram que o tipo, forma, presença ou ausência de treinamentos e métodos específicos para investigar homicídio podem auxiliar ou dificultar a tomada de decisão dos delegados, e foi possível verificar quais fatores auxiliam para uma investigação de sucesso. No estudo 02, o método Delphi foi utilizado para a construir um modelo de boas práticas para manter a mente aberta no planejamento de entrevista com suspeitos em dois casos fictícios. Seus resultados possibilitaram compreender como deve ser estruturado um planejamento de entrevista e o que é esperado do policial nessa prática. No estudo 03, 169 policiais civis concluíram o planejamento da entrevista com suspeito e, de acordo com análises descritivas, comparativas e de correlação, foi possível perceber como a tomada de decisão do policial, através da geração de hipóteses investigativas, influenciou diretamente em como ele planeja conduzir uma entrevista. Verificou-se que uma maior quantidade de hipóteses geradas levava a um objetivo mente aberta da entrevista, maior quantidade de tópicos a serem explorados na entrevista e uma entrevista mais abrangente, explorando as várias hipóteses investigativas identificadas. Por fim, no estudo 04, foi testada a efetividade de um treinamento de um dia em aprimorar a tomada de decisão e planejamento de entrevista dos policiais. Análises comparativas entre os que haviam participado ou não do treinamento demonstraram que foi possível gerar diferenças significativas na quantidade de hipóteses investigativas e tópicos, assim como na qualidade das perguntas geradas. Apesar de serem resultados iniciais e com potencial para maior impacto, foi possível perceber o benefício de um treinamento do tipo em reduzir potenciais erros de justiça. A partir dos estudos realizados foi possível dar início a um conjunto de evidências nacionais e internacionais sobre tomada de decisão investigativa, seu impacto na entrevista com suspeitos e o efeito positivo de treinamentos aprimorarem as habilidades dos policiais civis. Novas perguntas e sugestões de pesquisa surgiram a partir dos resultados, fomentando o avanço científico da temática com vistas a tornar a prática policial mais científica, capacitada e justa.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 3321241 - ANA KARINA MOUTINHO LIMA
Externo ao Programa - 1466152 - BRUNO CAMPELLO DE SOUZA - UFPEExterno à Instituição - LUCAS DANNILO ARAGÃO - UESPI
Externa à Instituição - MONICA GOMES TEIXEIRA CAMPELLO DE SOUZA
Externa à Instituição - PRISCILA GOERGEN BRUST RENCK - Unisinos
Notícia cadastrada em: 20/03/2025 10:33
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