AUTOCONSCIÊNCIA, AUTORREGULAÇÃO EMOCIONAL E IMPULSIVIDADE NA POPULAÇÃO BRASILEIRA E EM PACIENTES COM TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE
Transtorno de Personalidade Borderline, Autoconsciência, Autorregulação Emocional, Impulsividade, Vivência Borderline.
Este estudo tem como objetivo investigar as relações entre autoconsciência, autorregulação emocional e impulsividade em pacientes diagnosticados com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) e na população brasileira em geral. O TPB caracteriza-se por instabilidade emocional, relações interpessoais tumultuadas e comportamentos impulsivos. A autoconsciência, compreendida como a capacidade de refletir sobre si mesmo e reconhecer pensamentos, emoções e comportamentos, é abordada neste trabalho em suas dimensões situacional e disposicional, com ênfase na dicotomia ruminação-reflexão. Este estudo busca analisar como uma autoconsciência ruminativa pode estar associada a dificuldades na autorregulação emocional e a níveis mais altos de impulsividade, especialmente em pacientes com TPB. O estudo será realizado em duas etapas: (1) um estudo quantitativo com uma amostra de 300 adultos brasileiros para mapear os perfis de autoconsciência, autorregulação emocional e impulsividade; e (2) um estudo quali-quantitativo com uma amostra de 40 indivíduos (20 diagnosticados com TPB e 20 do grupo controle), comparando essas variáveis entre os grupos e explorando vivências subjetivas do diagnóstico de TPB. Ambos os grupos responderão às escalas de Autorregulação Emocional (EARE-AD), Impulsividade Barrat (BIS-11), e Autoconsciência Situacional (EAS) e Disposicional (QRR), além de um questionário sociodemográfico. Os dados quantitativos serão analisados no software SPSS 23, considerando-se um nível de significância de 5% (p < 0,05), enquanto o conteúdo qualitativo será explorado por meio de análise temática. Espera-se que este estudo contribua para uma compreensão mais profunda dos fatores associados ao TPB, destacando como a autoconsciência e suas dimensões cognitivas e emocionais influenciam a relação entre autorregulação emocional e impulsividade, e na significação da vivência borderline. Esses resultados poderão embasar intervenções terapêuticas mais eficazes e políticas públicas voltadas à saúde mental dos pacientes com TPB.