Banca de DEFESA: LUCAS MEDEIROS GUIMARÃES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCAS MEDEIROS GUIMARÃES
DATA : 31/07/2024
HORA: 08:00
LOCAL: sala virtual Google Meet
TÍTULO:

VARIABILIDADE INTERANUAL DA pCO2 NA INTERFACE OCEANO-ATMOSFERA DO ATLÂNTICO TROPICAL ENTRE AS LATITUDES 3ºS E 14ºS


PALAVRAS-CHAVES:

CSE. Fugacidade do CO2. TSM. Nordeste do Brasil.. SSM.


PÁGINAS: 83
RESUMO:

O Atlântico Tropical é o segundo oceano mais importante em termos de fonte de CO2 para a atmosfera, depois do Pacífico tropical. Poucos estudos em relação ao fluxo ar-mar do CO2 foram realizados próximo à costa da região Nordeste do Brasil. O presente trabalho teve como objetivo principal: determinar os fluxos de CO2 na região Nordeste do Brasil para compreender os fatores que influenciam sobre as variações temporais e espaciais da pCO2 na borda oeste do Atlântico tropical. Foram analisadas as tendências de 2008 a 2020 da fugacidade de CO2 em águas superficiais do mar (fCO2sw) e do fluxo marítimo de CO2 entre as latitudes 3° e 14° S. Os dados de pCO2 foram coletados por navios mercante voluntários equipados com sistema autônomo de navegação. Foi utilizado de base de dados de parâmetros de carbono, temperatura, salinidade, ventos, correntes marítimas e clorofila a para identificar quais fatores físicos, químicos e biológicos influenciam na variabilidade pCO2. Foi possível determinar a variabilidade do fluxo do CO2 entre o oceano e a atmosfera, como fonte ou sumidouro, através da diferença entre as fugacidades do CO2 desses compartimentos. Os resultados mostraram que há contraste aparente entre as áreas 3°S – 8°S e 8°S – 14°S com maior fCO2sw e fluxo de CO2 observado acima de 8ºS do que abaixo de 8ºS. As concentrações de clorofila a são muito baixas em cada região e não podem explicar a diferença norte-sul de fCO2sw. Essa diferença é causada principalmente por processos físicos, como Temperatura da Superfície do Mar, Salinidade da Superfície do Mar, Vento, Precipitação e correntes superficiais, que são distintos em cada região. No geral, toda região é fonte de CO2 para a atmosfera. A área sul é geralmente uma fonte durante todo o ano, exceto de julho a setembro, quando atua como um fraco sumidouro de CO2, com valores negativos do fluxo. Foi possível perceber que há anos de anomalias na distribuição de CO2 devido aos eventos do fenômeno El Niño que influenciam a posição da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Essa mudança na ZCIT, altera a temperatura e a salinidade da região do Atlântico Tropical, principalmente na área norte deste estudo. A falta de dados em alguns meses não coletados levanta dúvidas sobre a distribuição do CO2, mas estas informações trazem importantes elucidações da variabilidade sazonal e espacial da pCO2 para a região da borda oeste do Atlântico Tropical Sul adjacente à região Nordeste brasileira. Porém, mostra também, a importância da continuação para aprimoramento dos estudos do ciclo do carbono e a monitoramento contínuo do CO2, não só nesta área, mas nas zonas costeiras, para ajudar a documentar e investigar a variabilidade do fluxo de CO2.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1514583 - MANUEL DE JESUS FLORES MONTES
Interno - 1738148 - ALEX COSTA DA SILVA
Interna - 1960878 - DORIS REGINA AIRES VELEDA
Interno - 1131256 - FERNANDO ANTONIO DO NASCIMENTO FEITOSA
Externa à Instituição - ELISABETE DE SANTIS BRAGA
Externo à Instituição - CARLOS ESTEBAN DELGADO NORIEGA
Externa à Instituição - IOLE BEATRIZ MARQUES ORSELLI - FURG
Notícia cadastrada em: 30/07/2024 15:43
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