EFEITOS DA INTERRUPÇÃO E DA RETOMADA DE UM PROGRAMA DE GINÁSTICA FUNCIONAL NA APTIDÃO FÍSICA DE IDOSAS PARTICIPANTES DO PROJETO DE EXTENSÃO VIDA ATIVA DA UFPE.
Ginástica; Treino Funcional; Idosas. Extensão Universitária;
A presente dissertação investiga os efeitos da interrupção e da retomada de
um programa de ginástica funcional na aptidão física de idosas vinculadas ao Projeto
de Extensão Vida Ativa da UFPE. O estudo parte do reconhecimento de que o
envelhecimento populacional impõe desafios crescentes aos sistemas de saúde,
tornando a prática regular de exercícios físicos uma estratégia essencial para
preservação da autonomia, prevenção de doenças e promoção da qualidade de vida.
Nesse contexto, programas de extensão universitária assumem papel central ao
democratizar o acesso de idosos a atividades supervisionadas e fundamentadas
cientificamente, mas enfrentam limitações impostas pela periodicidade do calendário
acadêmico, que gera interrupções programadas. O trabalho adota um delineamento
quasi-experimental, com análise de dados secundários de mulheres idosas avaliadas
em três momentos distintos: após período inicial de prática, após recesso de 45 dias
e após a retomada das atividades. As avaliações utilizaram a bateria Senior Fitness
Test (SFT), abrangendo força, resistência muscular, flexibilidade, aptidão aeróbia e
agilidade. Os resultados apontam que a ginástica funcional proporcionou ganhos
significativos em força e resistência muscular, mesmo diante da interrupção, sendo a
retomada determinante para consolidar e ampliar esses benefícios. Outros
componentes, como flexibilidade, aptidão aeróbia e agilidade, apresentaram
estabilidade, sugerindo que pausas breves não ocasionam perdas substanciais, mas
também indicando a necessidade de estímulos mais específicos e intensos para
melhorias consistentes. A pesquisa evidencia o potencial dos programas de extensão
universitária como ferramentas eficazes de promoção da saúde de idosos, ao mesmo
tempo em que ressalta desafios estruturais relacionados à sustentabilidade e
continuidade das intervenções. Conclui-se que a ginástica funcional, aplicada em
contexto comunitário, representa uma estratégia viável para manutenção e
aprimoramento da aptidão física de idosas, devendo ser ajustada para otimizar
ganhos em diferentes domínios funcionais e contribuir para o envelhecimento
saudável.