ASSOCIAÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA E DA PARTICIPAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA COM INDICADORES DE ISOLAMENTO SOCIAL EM ADOLESCENTES.
Isolamento social. Atividade física. Atividades esportivas. Aula de educação física. Adolescência.
O objetivo do estudo foi analisar a associação da atividade física e da participação nas aulas de educação física com os indicadores de isolamento social em adolescentes. Trata-se de um estudo transversal, conduzido com adolescentes estudantes do ensino médio da rede pública do estado de Pernambuco. Os dados foram obtidos de um levantamento de 2022, utilizando uma versão adaptada do questionário Global School-based Student Health Survey (GSHS). Sentimento de solidão e ter poucos amigos foram os indicadores de isolamento social. A frequência e o nível de atividade física e a participação nas aulas de educação física foram as variáveis independentes. Análises de regressões logísticas binárias foram empregadas para verificar a associação das variáveis independentes com os indicadores do isolamento social. A amostra foi composta por 4.514 adolescentes, que apresentaram uma prevalência de 28,7% e 20,2% de sentimento de solidão e de ter poucos amigos, respectivamente. As moças se sentiram mais sozinhas e tiveram menos amigos (36,4%; 21,4%) do que os rapazes (19,4%; 18,7%). Maior frequência de atividade física reduziu as chances do sentimento de solidão [(OR: 0,92 (IC95% 0,90-0,95)] e de ter poucos amigos [(OR: 0,95 (IC95% 0,91-0,99)]. O baixo nível de atividade física “[(OR: 1,16 (IC95% 1,01-1,34)]; [(OR: 1,23 (IC95% 1,04-1,46)]” e a não participação de aulas de educação física “[(OR: 1,27 (IC95% 1,07-1,50)]; [(OR: 1,30 (IC95% 1,03-1,65)]” aumentaram as chances do sentimento de solidão e de ter poucos amigos, respectivamente. Conclui-se que a frequência da atividade física, o nível de atividade física e a participação nas aulas de educação física foram significativamente associados com os indicadores de isolamento social.