EFEITOS AGUDOS DA PRESCRIÇÃO INVIDUALIZADA DO VOLUME DO TREINAMENTO DE FORÇA ATRAVÉS DO MONITORAMENTO DA VELOCIDADE DA BARRA PRÉ-SESSÃO SOBRE AS RESPOSTAS NEUROMUSCULARES E PERCEPTIVAS EM HOMENS TREINADOS
Treinamento baseado na velocidade, limiar de perda da velocidade, prescrição do volume pré-sessão, treinamento de força.
O treinamento baseado na velocidade (TBV) tem se tornado popular como uma alternativa metodológica para autorregular a prescrição individualizada do volume intra-série no treinamento de força através da velocidade do movimento. A autorregulação do treinamento de força através dos limiares de perda da velocidade (PV) é determinante para a magnitude das adaptações neuromusculares. Uma alternativa para implementar a autorregulação para prescrição individualizada do volume no treinamento de força é baseada no monitoramento da velocidade da barra pré-sessão de treinamento. Entretanto, os efeitos agudos da prescrição individualizada do volume a partir de variações da velocidade da barra pré-sessão em comparação à prescrição tradicional fixa e pré-determinada não estão totalmente esclarecidos. O objetivo deste estudo será comparar os efeitos da autorregulação do volume do treinamento de força baseado nas variações diárias da velocidade da barra pré-sessão e da programação tradicional sobre as respostas neuromusculares e perceptivas agudas em um microciclo de treinamento de força de homens treinados. O estudo será do tipo experimental randomizado, controlado e cruzado. A amostra será composta por 20 homens treinados em força e idade entre 18 e 35 anos. A classificação de treinamento dos participantes será como ativo recreacional. Os participantes terão que ter experiencia de 1 ano em treino de força e que sejam capazes de realizar o exercício agachamento com a execução adequada com no mínimo 1.2 kg da sua massa corporal. A origem dos participantes serão indivíduos que residem no estado de Pernambuco, estudantes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ou praticantes de academias e centros de treinamento da cidade do Recife. O tamanho da amostra foi determinado por meio de um cálculo amostral utilizando o software G-power (versão 3.1.9.7). Foram adotados um poder estatístico de 80% (1 - β) e uma chance de erro tipo 1 (α) de 5%, com um tamanho de efeito (TE) = 0,53 (Moura et al., 2024). Para compensar possíveis perdas amostrais, será adicionado um incremento de 20% no tamanho da amostra a partir do cálculo amostral. A fase de pré-experimental envolverá sessões de familiarização para aplicar a velocidade máxima concêntrica nos exercícios agachamento (AG), levantamento terra com barra hexagonal (LT) e elevação pélvica (EP). Após um intervalo de 24 horas, serão realizadas avaliações do perfil de carga-velocidade para determinação da carga de 1RM. Após 48 horas, as participantes realizarão um teste neuromuscular para aplicação da máxima velocidade no exercício AG contra uma carga de 80% 1RM para estabelecimento da linha de base. A fase experimental contará com 2 semanas de intervenção (3 sessões semanais) de um programa de treinamento contendo três exercícios (AG, LT e EP). Os participantes serão aleatoriamente contrabalanceados entre dois protocolos de intervenção: 1) autorregulação individualizada do número de séries baseada nas variações da velocidade da barra pré-sessão; 2) prescrição tradicional com número fixo e pré-determinado das séries. Ambos os protocolos serão equalizados em relação à intensidade da carga (60% 1RM), número de repetições por série, exercícios resistidos, descanso. Antes (-10 min), imediatamente após (+ 5 min) e 24h após cada sessão da fase experimental, os participantes serão avaliados em testes neuromusculares (salto com contramovimento e desempenho no agachamento com máxima velocidade concêntrica). As respostas perceptivas de bem-estar, qualidade de recuperação e dor muscular serão avaliadas antes e após 24 horas cada sessão experimental.