Banca de DEFESA: MARILLYA MORAIS DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARILLYA MORAIS DA SILVA
DATA : 01/08/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

Avaliacao de um microambiente pro- inflamatorio na resposta terapeutica em celulas de cancer de pulmao


PALAVRAS-CHAVES:

Inflamação. Câncer de Pulmão. Macrófagos. Cisplatina.


PÁGINAS: 85
RESUMO:

O câncer de pulmão é uma das neoplasias mais incidentes e letais em todo o mundo, sendo
o tipo de câncer que mais causa óbitos. O microambiente tumoral desempenha um papel
crucial no desenvolvimento e progressão da doença, sendo caracterizado por um perfil
predominantemente anti-inflamatório, com predominância de macrófagos do tipo M2 que
secretam citocinas pró-tumorais. No Brasil, o tratamento padrão para o câncer de pulmão
de não pequenas células (CPNPC) inclui a combinação de cisplatina e etoposídeo. No
entanto, a resistência aos derivados de platina e seus efeitos colaterais limitam a eficácia do
tratamento. Este estudo teve como objetivo investigar os efeitos de um meio condicionado
(MC) por macrófagos M1, isoladamente e em combinação com quimioterápicos, como uma
estratégia para modular o microambiente tumoral e potencializar a terapia convencional.
Macrófagos foram diferenciados para o fenótipo M1 usando PMA e LPS, com confirmação
por citometria de fluxo (expressão de CD86) e quantificação de citocinas pró-inflamatórias
(TNF e IL-6) por Cytometric Bead Array (CBA). A linhagem de CPNPC NCI-H1299 foi
exposta ao MC sozinho ou em combinação com cisplatina e etoposídeo em concentrações
correspondentes ao IC25 e IC50. A viabilidade celular foi avaliada pelo ensaio de MTT,
mostrando que o MC reduziu significativamente a viabilidade das células tumorais
(p<0,0001) e potencializou o efeito dos quimioterápicos. A análise do ciclo celular por
citometria de fluxo (iodeto de propídeo) revelou que a combinação do MC com cisplatina
aumentou a porcentagem de células na fase S (33,7%), enquanto a associação com
etoposídeo aumentou as células em G1 (32,18%) (p<0,05). Além disso, o MC aumentou a
produção de espécies reativas de oxigênio (ROS), avaliada por marcação com DHE, e
potencializou esse efeito quando combinado com doses abaixo do IC50 de etoposídeo. A
expressão gênica de marcadores de morte celular (CASP3, NLRP3, GSDMD e RIPK1) foi
analisada por PCR em tempo real, demonstrando tendências de modulação, que precisam
ser confirmadas por ensaios subsequentes. Ensaios clonogênicos mostraram que o MC
inibiu a formação de colônias de forma significativa, e culturas 3D de esferoides
confirmaram seu efeito na redução do tamanho dos esferoides, além de potencializar a
ação da cisplatina nesses modelos mais complexos. As tendências observadas sugerem
que o MC derivado de macrófagos M1 possui efeitos antiproliferativos e pode modular a
resposta aos quimioterápicos. Esses resultados fornecem uma fornecem uma base para
investigações futuras que possam explorar novas estratégias combinatórias no tratamento
do câncer de pulmão, integrando a modulação do microambiente tumoral à quimioterapia
convencional.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA - Ceuma
Presidente - 2181686 - MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
Externo ao Programa - 2364049 - PAULO EUZEBIO CABRAL FILHO - null
Notícia cadastrada em: 29/07/2025 10:57
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