Inibição da atividade hemolítica causada pela alfa-hemolisina de Staphylococcus aureus por Tiossemicarbazonas
Tiossemicarbazonas
O Staphylococcus aureus é uma bactéria patogênica conhecida por produzir a α-hemolisina, uma toxina que forma poros nas membranas das células hospedeiras, levando à lise celular e contribuindo para a virulência da bactéria. A busca por compostos que possam neutralizar essa toxina é essencial para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas contra infecções estafilocócicas. À luz do diversificado potencial farmacológicos das tiossemicarbazonas, o presente estudo teve como objetivo investigar a atividade anti-hemolítica da α-HL de S. aureus causada por Tiossemicarbazonas, bem como avaliar parâmetros farmacodinâmicos dessa atividade, visando propor novos agentes terapêuticos capazes de combater a virulência dessa bactéria. Os resultados indicaram que dois compostos derivados de tiossemicarbazinas (PB 12 e PB 13) se destacaram na inibição da atividade hemolítica da α-HL, impedindo a hemácias. Os valores de IC50%, para as PBs 12 e 13 foram, respectivamente, 26,2µM±3,3 µM, e 17,5 µM±1,4 µM, conferindo a esses compostos expressiva capacidade de suprimir a atividade hemolítica da α-HL. A maior eficiência da PB13 na proteção dos eritrócitos pode estar relacionada com sua maior capacidade de bloqueio do canal, com bloqueios que superam 90% da condutância do poro, e maior duração, superando em 33 vezes o tempo de permanência, quando comparada à PB 12. Os dados computacionais apontam que as ligações de hidrogênio garantem a estabilidade dos compostos na região da constrição do canal, com a PB 13 superando a PB12 em número de interações intermoleculares, envolvendo principalmente os resíduos de Lis 147 e Glu 111. Esses achados sugerem que os compostos são potenciais agentes terapêuticos, úteis para o combater a virulência e a infecção por S. aureus.