Banca de QUALIFICAÇÃO: BRENDA MARQUES DE CERQUEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRENDA MARQUES DE CERQUEIRA
DATA : 17/02/2025
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

DESENVOLVIMENTO DE UM NANODISPOSITIVO ELETROQUÍMICO COM USO DE LECTINAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE CÉLULAS PANCREÁTICAS CANCERÍGENAS


PALAVRAS-CHAVES:

Lectinas. Adenocarcinoma ductal pancreático. Biodispositivo. Eletroquímica.


PÁGINAS: 136
RESUMO:

O câncer de pâncreas é um problema mundial, é um tumor com sinais e sintomas silenciosos em seus estágios
iniciais. Ele é subdividido de acordo com sua origem em tumores mucinares ou, mais comum, carcinomas acinares.
Os fatores que contribuem para sua alta letalidade é o diagnóstico tardio com metástases em órgãos distantes. O
tratamento é ineficiente para o quadro avançado, pois a ressecção cirúrgica é a única alternativa curativa. Além
disso, as células cancerígenas apresentam seu metabolismo alterado e em consequência disso possuem uma
glicosilação aberrante. As técnicas para o diagnóstico do PDAC existentes são baseadas em exames de imagens,
sangue e biópsia tecidual. Elas são ferramentas com uma relativa sensibilidade, contudo a saúde necessita de
metodologias mais simples, rápidas, de baixo custo e com alta especificidade e seletividade. Logo, para sanar este
obstáculo, há a necessidade do desenvolvimento de biossensores. Os biossensores são dispositivos que utilizam uma
molécula biológica acoplados a um transdutor físico-químico, os quais são capazes de gerar um sinal mensurável,
para o reconhecimento do analito alvo. Este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de um biodispositivo
capaz de detectar as células do câncer pancreático. Para isso, foram empregadas para análise da interação
biomolecular e topográfica, as técnicas eletroquímicas de espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE),
voltametria cíclica (VC), voltametria de pulso diferencial (DPV), espectroscopia no infravermelho com
transformada de Fourier (FTIR), espectroscopia na região do ultravioleta visível (UV-VIS) e microscopia de força
atômica (AFM). Estas metodologias foram úteis para caracterizar cada camada de biorreconhecimento adsorvida no
eletrodo. Os estudos revelaram a formação eficaz de filmes nanoestruturados de polipirrol (PPY) e nanotubos de
carbono de paredes múltiplas (MWCNTs), bem como a correta imobilização das lectinas (ConA e WGA) na
superfície do eletrodo de ouro, através de alterações na corrente e no fluxo de elétrons na superfície. Após a
formação do filme nanoestrurado PPY-MWCNTs e obtenção do sistema sensor PPY-MWCNTs-ConA/WGA foi
observada variação nas respostas amperométrica e impedimétrica do sistema, sendo refletido pelo decremento das
correntes de pico anódica (ipa) e e catódica (ipc) e aumento na resistência de transferência de carga (RCT).
Alterações na rugosidade média das diferentes superfícies eletródicas avaliadas confirmaram as modificações da
superfície de ouro. Em adição, a partir do FTIR foi comprovado a obtenção de ligação covalente do tipo amida
como reflexo do acoplamento das lectinas na superfície nanoestruturada. O sistema PPY-MWCNTs-ConA/WGA foi
capaz de detectar células cancerígenas da linhagem BXPC3 e MIA Paca-2 em diferentes concentrações. O sistema
PPY-MWCNTs-ConA demonstrou um limite de detecção (LOD) de 4,15 células mL-1 para a linhagem MIA Paca-2
e de 6,03 células mL-1 para a linhagem BXPC3. Já o sistema PPY-MWCNTs-WGA revelou um LOD de 3,54
células mL-1 para MIA Paca-2 e de 19,87 células mL-1 para BXPC3. As plataformas exibiram capacidade de
biodetecção, boa reprodutibilidade, alta seletividade e especificidade quando comparado a outros analitos presentes
no plasma sanguíneo. Os sistemas desenvolvidos demonstram ser úteis no processo de avaliação clínica de células
de câncer de pâncreas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALBERTO GALDINO DA SILVA JUNIOR - UFPE
Presidente - 3649895 - MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
Interna - 1329025 - MICHELLE MELGAREJO DA ROSA
Notícia cadastrada em: 11/02/2025 09:09
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