AVALIAÇÃO DAS MEDIDAS FACIAIS E DA TEMPERATURA SUPERFICIAL DA PELE EM CRIANÇAS RESPIRADORAS ORAIS PRÉ E PÓS TERAPIA FONOAUDIOLÓGICA
Criança; Respiração Bucal; Terapia Miofuncional; Antropometria; Termografia.
A respiração exclusivamente nasal é fundamental para o funcionamento do organismo, o desenvolvimento facial adequado e uma boa qualidade do sono. Por outro lado, a respiração bucal ou mista pode provocar alterações dentofaciais importantes, como mudanças na simetria da face, postura corporal inadequada e disfunções do sistema estomatognático, afetando oclusão, fonação, olfato, gustação, mastigação e deglutição. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo analisar os parâmetros antropométricos faciais e a temperatura superficial da pele em crianças respiradoras orais antes e após a participação em um programa terapêutico fonoaudiológico para respiração oral. Trata-se de um estudo pré-experimental, com delineamento de avaliação pré e pós-intervenção, utilizando amostra de conveniência composta por crianças respiradoras orais atendidas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE). A pesquisa é desenvolvida no HC-UFPE e nos Laboratórios Integrados de Motricidade Orofacial (LABIMO) do Departamento de Fonoaudiologia da UFPE. Foram incluídas crianças entre 6 e 12 anos, previamente tratadas de sinusite e acompanhadas no setor de Otorrinolaringologia do HC-UFPE. Inicialmente, é preenchida uma ficha de identificação com dados sociodemográficos, seguida da avaliação antropométrica facial, conforme os parâmetros do Protocolo de Avaliação Miofuncional Orofacial (MBGR). Em seguida é realizada a avaliação termográfica da face por meio de imagens capturadas com a termocâmera FLIR C2. Todos os participantes são avaliados antes do início da terapia e após 12 semanas, período correspondente à duração do programa terapêutico fonoaudiológico. Espera-se que as crianças apresentem melhoria no padrão respiratório após a intervenção, evidenciada por uma maior simetria entre os lados direito e esquerdo da face e maior equilíbrio nas proporções entre os terços faciais. Além disso, acredita-se que haverá distribuição mais equilibrada da temperatura superficial da pele nas regiões de interesse. Os resultados deste estudo poderão contribuir para o aprimoramento da prática clínica, norteando futuras pesquisas e reforçando a importância de uma abordagem multidisciplinar no manejo da respiração oral.