Banca de DEFESA: MYLLENNE DOS SANTOS ABREU

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MYLLENNE DOS SANTOS ABREU
DATA : 27/02/2025
HORA: 09:30
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

MICROBIOTA ORAL ASSOCIADA À DOENÇA DE PARKINSON E SUA INFLUÊNCIA NA PROGRESSÃO CLÍNICA


PALAVRAS-CHAVES:

Biomarcadores; Disbiose; Doença de Parkinson; Microbiota.


PÁGINAS: 40
RESUMO:

Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é um transtorno neurodegenerativo associado a processos inflamatórios e alterações na microbiota. Evidências indicam que a microbiota oral pode influenciar a progressão da DP, mas essa relação ainda não está totalmente esclarecida. Sendo assim, esta pesquisa investigou a microbiota oral presente em pacientes com DP e sua possível relação com a patogênese e progressão da doença. Métodos: Trata-se de uma revisão de escopo. As buscas foram realizadas nas bases de dados BVS, PubMed, Scopus, SciELO e The Cochrane Library entre os meses de Abril e Dezembro de 2024. Foram incluídos estudos observacionais que investigassem a composição da microbiota oral em pacientes com DP, analisando sua relação com a doença em estado de disbiose ou normalidade. Estudos com populações pediátricas, relatos de caso, séries de casos, pesquisas pré-clínicas ou em animais foram excluídos. Resultados: 10 estudos atenderam aos critérios de inclusão e foram incorporados à amostra final, sendo 07 do tipo caso-controle e 03 do tipo transversal. A maioria dos estudos incluídos nesta revisão foi conduzida na Ásia (n=5). O método de análise mais utilizado foi o sequenciamento do gene 16S rRNA. Os gêneros bacterianos mais citados foram Prevotella, Lactobacillus e Streptococcus (40,0%), seguidos de Veillonella e Scardovia (30,0%). Dentre as espécies mais frequentes, destacaram-se Tannerella forsythia, Prevotella nigrescens, Parascardovia denticolens, Lactobacillus fermentum e Lactobacillus acidophilus, representando cada uma 20,0% da amostra. A análise identificou uma correlação positiva entre a abundância de espécies do gênero Lactobacillus e a progressão da DP. Neisseria, por outro lado, apresentou uma correlação negativa. Treponema denticola, Prevotella melaninogenica e Porphyromonas gingivalis podem estar ligadas à degradação da barreira hematoencefálica ou à liberação de toxinas que atingem o sistema nervoso central. 40% dos artigos não encontraram diferenças significativas nos índices de diversidade alfa ou beta, destacando a necessidade de mais estudos que esclareçam a diversidade microbiana. Conclusão: Microorganismos específicos da microbiota oral podem atuar como potenciais biomarcadores para prever a gravidade e a evolução do Parkinson. No entanto, são necessários mais estudos que explorem esta relação.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1774390 - DANYEL ELIAS DA CRUZ PEREZ
Interno - 3330140 - HILTON JUSTINO DA SILVA
Externo à Instituição - PEDRO HENRIQUE DA HORA SALES - UFAL
Notícia cadastrada em: 26/02/2025 14:16
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa10.ufpe.br.sigaa10