Ambiente Alimentar Doméstico e Comunitário em Famílias de Crianças Beneficiárias não Beneficiárias pelo Programa Bolsa Família no Município de Vitória de Santo Antão/PE
ambiente alimentar; crianças; ultraprocessados, percepção, programa bolsa família
O objetivo deste trabalho foi analisar o ambiente alimentar doméstico e comunitário, a partir
da percepção de mães e responsáveis de crianças beneficiárias e não beneficiárias pelo
Programa Bolsa Família, no município de Vitória de Santo Antão/PE. Trata-se de um estudo
do tipo observacional, transversal, analítico e de abordagem quantitativa. A análise do
ambiente alimentar doméstico e comunitário se deu por meio de perguntas sobre
disponibilidade, acessibilidade, dificuldades ou facilidades em adquirir alimentos in natura,
minimamente processados e ultraprocessados. A amostra foi composta por 314 participantes
249 (79,3%) do público entrevistado era beneficiário do PBF; 174 (64%) das mães e 150
(47,8%) das crianças estavam com excesso de peso e 39 (12,4%) das famílias conviviam com
insegurança alimentar grave. Quanto à percepção dos responsáveis sobre a saudabilidade do
ambiente alimentar comunitário, verificou-se uma maior frequência de magreza (25,7%) de
crianças que estavam no menor tercil, por outro lado a maior prevalência de excesso (53,5%)
de peso foi naqueles que estavam no maior tercil, com associação limítrofe. Também, houve
associação entre a percepção do ambiente alimentar e as variáveis sociodemográficas em que
58 (41,7%) dos responsáveis não inscritos no PBF apresentaram uma baixa percepção do
ambiente alimentar comunitário. Além disso, 58 (41,7%) dos indivíduos que conviviam com
insegurança alimentar tiveram uma percepção de baixa saudabilidade em seus lares.