MOBILIDADE VISCERAL E DIAFRAGMÁTICA EM DIFERENTES FENÓTIPOS MOTORES DE ATIVAÇÃO MUSCULAR DO TRONCO E DA PELVE EM INDIVÍDUOS COM E SEM DOR LOMBAR CRÔNICA INESPECÍFICA
Dor lombar crônica inespecífica; Controle motor; Eletromiografia de superfície (EMG)
Introdução: Evidências recentes sugerem possível relação entre fatores viscerais e mecânica do tronco, incluindo restrições de mobilidade de órgãos abdominais e alterações no padrão de ativação muscular lombar. Alterações na função diafragmática e sua interação com o sistema musculoesquelético também têm sido apontadas como possíveis contribuintes para a dor e disfunção postural na região lombar. No entanto, há escassez de estudos que investiguem simultaneamente mobilidade visceral, mobilidade diafragmática e fenótipos motores em indivíduos com DLCI, especialmente considerando comparação com indivíduos assintomáticos.
Objetivo:Investigar a associação entre a mobilidade visceral e a mobilidade diafragmática em indivíduos com DLCI, comparando tais parâmetros entre diferentes fenótipos motores de ativação lombar e com indivíduos assintomáticos.
Método:Trata-se de um estudo observacional transversal, a ser realizado no Laboratório de Aprendizagem e Controle Motor da UFPE entre 2025 e 2027, seguindo recomendações éticas (CEP/UFPE e Declaraç de Helsinki) e diretrizes STROBE. Serão recrutados adultos de 18 a 59 anos, distribuídos em grupo DLCI e grupo assintomático. A amostra será calculada via GPower com base em estudo piloto. Serão aplicados instrumentos para caracterização clínica, emocional e funcional, incluindo NRS, ODI, TSK, PCS, FABQ, BAI e BDI. A mobilidade visceral será avaliada por palpação segundo o protocolo de Jean-Pierre Barral; a mobilidade diafragmática será examinada por ultrassonografia; e os fenótipos motores lombares serão identificados por eletromiografia de superfície. Critérios rigorosos de inclusão, exclusão e padronização garantirão validade interna.
Resultados esperados: Espera-se identificar diferenças significativas na mobilidade visceral e na mobilidade diafragmática entre indivíduos com DLCI e assintomáticos, assim como entre diferentes fenótipos motores lombares. Hipotetiza-se que indivíduos com DLCI apresentem maior restrição visceral e redução da excursão diafragmática, possivelmente associadas a padrões anormais de ativação muscular e maior incapacidade clínica. Esses achados poderão contribuir para novas abordagens terapêuticas individualizadas e multidimensionais.