PPGBA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA ANIMAL - CB DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA - CB Téléphone/Extension: (81) 8164-1131/3045

Banca de DEFESA: BRUNA RAFAELA SOUSA DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRUNA RAFAELA SOUSA DE OLIVEIRA
DATA : 25/08/2025
HORA: 14:00
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

Efeito experimental da elevacao da temperatura sobre a comunidade da meiofauna de ambientes recifais


PALAVRAS-CHAVES:

Recifes de Corais. Meiobentos. Mudanças Climáticas. Aquecimento Global.


PÁGINAS: 58
RESUMO:

Os recifes de corais são fortemente impactados pelas mudanças climáticas, sendo essa a principal ameaça a estes ecossistemas em escala global. Em todo o mundo, a frequência, intensidade e duração das ondas de calor marinhas têm aumentado. Novos cenários exigem pesquisas adicionais que caracterizem a sensibilidade das comunidades bentônicas (não corais) aos eventos extremos de ondas de calor. Neste estudo, a meiofauna foi utilizada como bioindicador no ambiente recifal, devido à sua alta sensibilidade a mudanças nas condições abióticas e sua rápida dinâmica para avaliar em experimentos manipulativos e observacionais a sua resposta ao estresse térmico causado por picos de temperatura. Através de uma amostragem temporal (2012 a 2024), analisamos a resposta dos grandes grupos da meiofauna a três situações: Sem Estresse (≤ 27 °C), Estresse Moderado (> 27 °C a 28 °C) e Estresse Elevado (> 28 °C até 29,5 °C), associados ao Fator Área (correspondendo a uma Piscina Recifal e uma Área Aberta). Também foi realizada avaliação da resposta da comunidade de meiofauna a uma simulação de estresse térmico, através de um experimento de mesocosmo com três tratamentos: Controle, DHW8 e DHW 10,5. Ambos os estudos foram realizados na bancada de recifes de coral localizada na Praia de Serrambi, litoral Sul de Pernambuco, Brasil, utilizando Unidades Artificiais de Substrato (UAS). No estudo observacional, foram detectadas diferenças significativas para ambos os fatores Área (F= 4,6157; p(perm)= 0,0073) e Situação aninhada em Área (F= 3,3364; p(perm)= 0,0005).Três principais resultados destacam-se: (1) Copepoda e seus estágios larvais (Nauplius) mostraram sensibilidade, com redução de abundância dos Nauplius mesmo sob aumentos moderados de temperatura, tornando- se menos representativos em condições mais extremas; (2) Nematoda, Ostracoda e Peracarida demonstraram aumento na densidade sob estresse térmico elevado, sugerindo maior tolerância ou possível vantagem ecológica nesse cenário; e (3) “Turbellaria” apresentou sensibilidade acentuada, adotando padrões diferentes quanto a associação dos fatores Temperatura e Área. Além disso, sob a condição de Estresse Elevado, a Área Aberta apresentou maior abundância em comparação à Piscina Recifal, indicando possível intensificação dos efeitos do estresse nesse ambiente. No estudo experimental, 12 grupos da meiofauna foram encontrados, dos quais os mais abundantes foram: Copepoda Harpacticoida, Nauplius de Copepoda, Annelida, Nematoda e Ostracoda. Diferenças significativas entre os tratamentos foram encontradas (p(perm)=0,0247). Annelida, Tardigrada e Nematoda foram os grupos que mais contribuíram para a dissimilaridade entre tratamentos. Sendo os dois últimos favorecidos com a elevação da temperatura. Apesar de outros autores abordarem os eventos de branqueamento, ao nosso conhecimento este é o primeiro estudo relatando os efeitos de ondas de calor em comunidades bentônicas (não corais), resultados importantes para o entendimento destes impactos nas relações ecossistêmicas do ambiente recifal em cenários de elevação de temperatura.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1207843 - PAULO JORGE PARREIRA DOS SANTOS
Externa à Instituição - TACIANA KRAMER DE OLIVEIRA PINTO
Externa à Instituição - TATIANA FABRICIO MARIA
Interno - 1651592 - ULISSES DOS SANTOS PINHEIRO
Notícia cadastrada em: 12/08/2025 08:34
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa10.ufpe.br.sigaa10