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Banca de DEFESA: WHANDENSON MACHADO DO NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: WHANDENSON MACHADO DO NASCIMENTO
DATA : 06/02/2025
HORA: 08:30
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

O AMBIENTE PODE INFLUENCIAR A MORFOLOGIA DAS QUELAS DOS CAMARÕES DO GÊNERO Alpheus Fabricius, 1798 (DECAPODA: ALPHEIDAE)? UMA ABORDAGEM COM O USO DA MORFOMETRIA GEOMÉTRICA


PALAVRAS-CHAVES:

Camarões-de-estalo. Alometria estática. Dimorfismo sexual. Seleção sexual. Adaptação ambiental. Morfometria geométrica.


PÁGINAS: 95
RESUMO:

Esta tese investigou a influência do tipo de habitat na morfologia da quela dos camarões-de-estalo do gênero Alpheus. Ao longo de três capítulos, foram examinados aspectos específicos relacionados à evolução, ao dimorfismo sexual e às adaptações das quelas desses camarões. Ferramentas de morfometria geométrica foram utilizadas para explorar como a alometria estática, as diferenças sexuais e as características do habitat afetam a forma das quelas em várias espécies de Alpheus. No primeiro capítulo, analisou-se o papel da alometria estática na amplificação do dimorfismo sexual na forma das quelas em A. angulosus, A. carlae e A. nuttingi. Os resultados indicaram que a maior taxa de crescimento das quelas nos machos favorece a robustez do pólex, uma característica associada a vantagens em disputas agonísticas. Em contraste, as fêmeas apresentam uma palma mais robusta, possivelmente relacionada à eficiência funcional. Esses achados destacam como habitats de
entremarés de praias, caracterizados por altas densidades populacionais e frequentes disputas, podem estar associados à seleção sexual em camarões-de-estalo. No segundo capítulo, o estudo investigou se a adaptação a habitats de planícies de maré estuarinas influencia a forma das quelas em Alpheus estuariensis. A similaridade ambiental dos habitats de planícies de lama dos estuários, pelo menos no nordeste do Brasil, pode limitar a variação morfológica nas quelas de A. estuariensis, promovendo formas semelhantes entre sexos e populações. Propõe-se que a uniformidade morfológica das quelas de A. estuariensis pode ser modulada pelo comportamento de escavação, essencial para a construção e manutenção de tocas nesses ambientes estuarinos. O terceiro capítulo abordou a diversidade morfológica nas quelas de quatro espécies de Alpheus, investigando a influência de fatores ecológicos e comportamentais de dois tipos de habitats: entremarés de praia e planícies de lama de estuários. Comparações entre espécies sugeriram que a morfologia das quelas é uma característica altamente plástica, moldada pelas interações em cada tipo de habitat analisado, sendo mais robustas em habitats de entremarés de praia do que em planícies de lama estuarinas. Os achados desta tese revelam que a interação entre fatores ecológicos, comportamentais e evolutivos pode influenciar a morfologia das quelas em Alpheus. As diferenças nos padrões de dimorfismo sexual, a similaridade morfológica em habitats estuarinos e as distinções na forma das quelas entre habitats demonstram como pressões seletivas dinâmicas atuam na evolução desses armamentos. Esses resultados contribuem para a compreensão das forças evolutivas que moldam a diversidade morfológica em Alpheus, fornecendo uma base para investigações futuras sobre a evolução morfológica e funcional das quelas de camarões em diferentes contextos ecológicos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - RAFAEL CAMPOS DUARTE
Presidente - 2154667 - ALEXANDRE OLIVEIRA DE ALMEIDA
Externo à Instituição - ALEXANDRE VARASCHIN PALAORO
Externo à Instituição - DOUGLAS FERNANDES RODRIGUES ALVES
Interna - ***.728.884-** - PAULA BRAGA GOMES - UFRPE
Notícia cadastrada em: 30/01/2025 10:34
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