PPGBA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA ANIMAL - CB DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA - CB Teléfono/Ramal: (81) 8164-1131/3045

Banca de DEFESA: CLAUDIO HENRIQUE GOMES FIALHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CLAUDIO HENRIQUE GOMES FIALHO
DATA : 29/01/2025
HORA: 09:00
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E O FUTURO DAS GORGÔNIAS RECIFAIS (ORDEM MALACALCYONACEA) EM COMUNIDADES RECIFAIS DO ATLÂNTICO SUL


PALAVRAS-CHAVES:

Tolerância térmica. Modelagem de nicho ecológico. Estresse oxidativo. Cultivo ex situ. Assembleias de peixes recifais. Octocorallia.


PÁGINAS: 99
RESUMO:

Neste estudo é investigada a vulnerabilidade de três espécies de gorgônias recifais do Atlântico Sul (Muriceopsis sulphurea, Phyllogorgia dilatata e Plexaurella grandiflora) frente a cenários de mudanças climáticas, em termos de aspectos de conservação, respostas ao estresse térmico e projeções de distribuição geográfica futura. No primeiro capítulo, foi desenvolvido e testado um protocolo de manutenção ex situ para Muriceopsis sulphurea em um experimento controlado de 150 dias. Fragmentos ramificados apresentaram uma taxa de sobrevivência de 96,1%, significativamente superior aos não ramificados (78,6%; p < 0,05), e um crescimento aumentado em 12% após suplementação alimentar com Artemia salina enriquecida. No segundo capítulo, a resposta fisiológica ao estresse térmico foi avaliada em três espécies submetidas a elevações de +2°C e +4°C. Muriceopsis sulphurea e Phyllogorgia dilatata apresentaram necrose tecidual acelerada e mortalidade, enquanto Plexaurella grandiflora demonstrou maior tolerância térmica, ainda que com elevação de 32% nos biomarcadores de estresse oxidativo (p < 0,01). O terceiro capítulo analisou a influência das gorgônias na estrutura de assembleias de peixes recifais em recifes marginais do Nordeste do Brasil. Embora a presença das gorgônias não tenha alterado significativamente a abundância e a riqueza de espécies (p > 0,05), foi constatada variação na composição, com maior abundância de Stegastes fuscus e Abudefduf saxatilis em áreas sem gorgônias, evidenciando um possível efeito na dinâmica de competição. No quarto capítulo, Modelos de Nicho Ecológico (ENMs) foram aplicados para projetar a distribuição futura das três espécies sob cenários climáticos para 2050 e 2100. Os resultados indicaram uma contração de 45% da área adequada para M. sulphurea, estabilidade relativa para P. dilatata e uma possível expansão de 27% para P. grandiflora ao sul da costa brasileira. Conclui-se que as gorgônias desempenham um papel ecológico fundamental como formadoras de habitat, mas apresentam vulnerabilidades distintas ao aquecimento global, exigindo estratégias de conservação específicas, como cultivo ex situ e modelagem preditiva de nicho ecológico.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ERIKA FLAVIA CRISPIM DE SANTANA
Externo à Instituição - GUILHERME ORTIGARA LONGO
Interna - ***.728.884-** - PAULA BRAGA GOMES - UFRPE
Presidente - ***.699.944-** - RALF TARCISO SILVA CORDEIRO - UFPE
Notícia cadastrada em: 21/01/2025 09:11
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