AVALIAÇÃO IN VIVO E IN VITRO DA TOXICIDADE E DOS EFEITOS BIOLÓGICOS DO EXTRATO ETANÓLICO BRUTO DAS CASCAS DO CAULE DE Lonchocarpus araripensis
Orientador:
Palavras-Chave: Anti-inflamatório; Antimicrobiano; Antinociceptivo; Experimentação animal; Planta Medicinal
A fitoterapia é uma técnica milenar que estuda as funções terapêuticas a partir de compostos bioativos produzido pelas plantas. A diversidade da flora brasileira permite o desenvolvimento desses medicamentos fitoterápicos que são descritos como fármacos que possuem substâncias exclusivas de derivados vegetais. Em destaque encontra-se a família Fabaceae. Uma espécie de Fabaceae que vem sendo utilizada na medicina popular é a Lonchocarpus araripensis, que possui propriedades terapêuticas de suas sementes e raízes para tratamento e alívio de dores e inflamações através de chás e/ou outras extrações, porém a utilização em quantidade não indicada pode vir a ser prejudicial. No entanto, ainda não há estudos referentes à toxicidade do extrato etanólico bruto das cascas do caule de L. araripensis, nem referente ao seu potencial antioxidante, antimicrobiano, analgésico, antipirético ou anti-inflamatório. Portanto, o presente estudo visa investigar tais eficácias para assegurar a utilização do fitofármaco em potencial através de testes in vivo e in vitro. Para isto, o Lonchocarpus araripensis coletado em sítio localizado no Estado de Pernambuco será macerado para obtenção do extrato etanólico bruto, sendo possível a partir disso, iniciar os experimentos in vitro (citotoxicidade, genotoxicidade, antioxidante, antimicrobiano) e in vivo (toxicidade aguda, antinociceptivo e anti-inflamatório) em camundongos Swiss albino providos do biotério do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika) que serão mantidos no biotério de experimentação animal do Departamento de Bioquímica, ambos localizados na Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Os animais serão divididos em grupos a fim de avaliar: sua toxicidade aguda seguindo a OECD 423; sua atividade analgésica por indução de formalina; sua atividade anti-inflamatória por indução do óleo de cróton para formação de edema na orelha; e indução por carragenina e dextran para formação de edema de pata e comparação das vias de inflamação. Após os testes in vivo, serão realizadas as análises hematológicas, bioquímicas e histopatológicas para detectar possíveis alterações no sistema do animal. Com isso, espera-se encontrar dosagens seguras para o uso do extrato etanólico das cascas do caule de L. araripensis e sua dose efetiva para suas bioatividades a fim de corroborar para o desenvolvimento de novo fitofármaco.
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