Banca de QUALIFICAÇÃO: ILA MARANHAO DE OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ILA MARANHAO DE OLIVEIRA
DATA : 30/08/2024
LOCAL: Departamento de antibióticos
TÍTULO:

Caraterização de xilanas da madeira de Dinizia excelsa e seu potencial prebiótico in vitro


PALAVRAS-CHAVES:

xilanas; polissacarídeos; plantas amazônicas


PÁGINAS: 60
RESUMO:

Dinizia excelsa, uma árvore amazônica conhecida popularmente como angelin vermelho, angelin pedra e faveira de ferro, é um membro da família Fabaceae e pode atingir até 55 metros de altura. Sua madeira possui alta força mecânica e durabilidade, além de resistência a ataques de agentes xilófagos. Essas características têm permitido a aplicação da madeira na construção civil, sendo utilizada em deques, vigas, pisos, entre outros. Embora se conheça muito sobre a sua aplicação no setor madeireiro, seu potencial farmacológico ainda não está totalmente elucidado. Isso ocorre porque seus extrativos e macromoléculas ainda não foram quimicamente caracterizados, o que é uma etapa crucial para a aplicação. Dentre as macromoléculas, destacam-se as xilanas, polissacarídeos com grande potencial para estudos e aplicações biomédicas. As xilanas são um grupo de polissacarídeos que possuem como cadeia estrutural comum a conformação β-(1→4)-associada a resíduos de xilose. São os principais carboidratos da hemicelulose, sendo consideradas um dos polissacarídeos mais presentes nas paredes celulares, apresentando teores inferiores apenas à celulose. Esses polissacarídeos de xilose conferem resistência mecânica, regulam a pressão osmótica das células e protegem a madeira contra patógenos. Pesquisas recentes, como a de Curry (2023), apontam três eixos de utilização para as xilanas: como matéria-prima para biocombustíveis, biomateriais e para aplicações biomédicas. Como biocombustível, um dos potenciais é utilizar os descartes da indústria de celulose ricos em xiloses. Como material, devido à sua biodegradabilidade, esse produto pode ser aproveitado para a produção de bioplásticos, hidrogéis e biofilmes, além de poder atuar como carregador de fármacos e outras substâncias. As xilanas também demonstraram atividades antimicrobianas, prebióticas, antitumorais e imunomoduladoras. Dentre essas atividades, destacaremos a atividade prebiótica desses polissacarídeos. Prebióticos, de acordo com a Sociedade Internacional Científica, são substratos que, ao serem metabolizados pela microbiota intestinal, proporcionam um efeito positivo à saúde do indivíduo. Smith e Melrose (2022), em seu trabalho de revisão, demonstraram como xilanas e xilo-oligossacarídeos derivados de diversas fontes podem promover saúde e bem-estar quando usados como prebióticos. Esses nutracêuticos à base de xilanas mostraram melhora no prognóstico de doentes críticos, como tratamento nutracêutico para COVID-19 e até para diminuir a quantidade de metano expelida por ruminantes. Este trabalho visa realizar uma avaliação preliminar das xilanas derivadas das folhas e galhos de Dinizia excelsa. Essas amostras são comumente descartadas pelas indústrias, e o uso delas visa reduzir o descarte de material útil. Faz-se necessário avaliar as características específicas das xilanas presentes em Dinizia excelsa para explorar seus potenciais em estudos futuros.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.040.204-** - IRANILDO JOSE DA CRUZ FILHO - UFPE
Interna - 1130109 - SONIA PEREIRA LEITE
Externa ao Programa - 1252082 - MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA - UFPEExterna à Instituição - AMANDA RAFAELA CARNEIRO DE MESQUITA - UFRPE
Notícia cadastrada em: 19/08/2024 13:53
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