Caracterização da lignina das folhas de Crataeva tapia e seu potencial em formulações medicinais e cosméticas
Plantas medicinais. Lignina. Imunologia.
O Brasil possui a maior diversidade biológica do mundo, possuindo cerca de 55.000,00 espécies registradas, sendo considerado o país mais rico em biodiversidade do mundo. Dentre a vasta biodiversidade brasileira, encontra-se a família Capparaceae, cujas espécies têm amplas propriedades terapêuticas. Nesta pesquisa, destacamos a espécie Crataeva tapia, onde obtivemos o processo de extração de lignina a partir das folhas, entretanto estudos relacionados ainda são escassos na literatura científica. As ligninas são potencialmente úteis em uma variedade de aplicações, incluindo o tratamento de diabetes, controle da obesidade, atividade antiviral e proteção solar além de apresentarem possíveis papéis antiinflamatórios e imunomoduladores. O presente estudo avaliou a caracterização da lignina das folhas de Crataeva tapia e seu potencial em formulações medicinais e cosméticas. A lignina foi obtida por deslignificação alcalina e sua caracterização físico-química foi feita por meio de FT-IR, UV-Vis, espectroscopia de RMN, análise elementar, determinação de massa molecular e análise térmica. A lignina apresentou baixa atividade antioxidante. A Citotoxicidade foi avaliada por citometria de fluxo e a atividade fotoprotetora foi avaliada pela adição de diferentes concentrações de lignina em um creme comercial. A lignina não foi citotóxica, estimulou a produção de TNF- α, IL-6 e IL-10 e não promoveram alteração significativa nos níveis de óxido nítrico. Portanto, essas descobertas sugerem que a lignina de C. tapia tem potencial aplicações farmacêuticas, particularmente cosméticas, aplicadas como aditivo para protetores solares.