DIVERSIDADE, VULNERABILIDADE E CONSERVACAO DE HEPATICAS NA COLOMBIA: IMPACTO DAS MUDANCAS CLIMATICAS E RESPOSTAS FUNCIONAIS EM UM HOTSPOT MUNDIAL
Briófitas; Nicho ecológico; Endemismo; Refúgios climáticos; Resiliência funcional.
As mudanças climáticas representam uma das principais ameaças à biodiversidade global, exigindo abordagens que incorporem diferentes dimensões da diversidade biológica. As hepáticas, embora altamente sensíveis ao ambiente e promissoras como bioindicadores, seguem pouco exploradas. Nesta tese, investigamos a diversidade, vulnerabilidade e estado de conservação das hepáticas na Colômbia, um país megadiverso e altamente exposto a impactos climáticos. Os objetivos foram: (1) identificar padrões de riqueza e endemismo, avaliar lacunas de conhecimento e o status de conservação das espécies, e quantificar a sobreposição com Áreas Protegidas (APs); (2) estimar a vulnerabilidade e risco de extinção das hepáticas epífilas sob cenários futuros (2080–2100); e (3) analisar respostas da diversidade (TD, FD e PD) e a influência de atributos funcionais sob cenários climático atual, otimista (SSP126) e pessimista (SSP585). As regiões Andina e Pacífica concentram maior diversidade e endemismo, mas menos de 4% dessas áreas está protegida, e 40% das espécies endêmicas estão ameaçadas. Para as epífilas, 89% devem perder mais de 50% da área adequada, elevando o risco de extinção a 95% das espécies. Atributos morfológicos ligados à retenção hídrica e reprodução assexuada mostraram-se cruciais para a resiliência. Os Andes e as APs despontam como refúgios climáticos essenciais. Este trabalho propõe medidas para integrar briófitas nos planos de conservação e adaptação ao clima.