FLUXO DE SEIVA E DINÂMICA DE CARBOIDRATOS NÃO ESTRUTURAIS EM ESPÉCIES LENHOSAS DA CAATINGA
açúcares, condutância estomática, densidade de madeira, decíduas, potencial hídrico, sempre verdes, semiárido, trocas gasosas
Os eventos de seca têm causando danos ao funcionamento das plantas, e a morte de espécies florestais por todo o mundo. Nas florestas secas, os efeitos resultam em diferentes respostas ecofisiológicas entre os grupos funcionais de plantas. O objetivo foi avaliar a dinâmica do fluxo de seiva (Js) e de carboidratos não estruturais (CNE) em árvores de diferentes grupos funcionais da Caatinga sob o efeito da sazonalidade. O trabalho foi realizado em uma área de caatinga em Serra Talhada-PE. Foram selecionadas 06 espécies arbóreas: três de baixa densidade de madeira decídua (BDM), duas de alta densidade de madeira decídua (ADM) e uma sempre verde (SV) para a instalação de sensores de Js, as quais foram avaliadas por dois anos (2022 e 2023). Também foram realizadas medidas de potencial hídrico, trocas gasosas, observações fenológicas e determinação de CNE em folhas, caule e raiz nas estações chuvosa e seca. Nossos resultados indicam que as espécies respondem de maneira diferente na dinâmica de CNE e Js. Embora não haja correlação direta entre fotossíntese e condutividade hidráulica em espécies BDM e ADM, há correlação entre características anatômicas e fisiológicas que ajudam a entender as estratégias de espécies da Caatinga. Existe uma diversidade hidráulica entre espécies que mantém o funcionamento dos serviços ecossistêmicos e os efeitos das mudanças climáticas podem alterar o funcionamento desses ecossistemas em decorrência da falha hidráulica e redução das trocas gasosas.