CONTRIBUIÇÕES À BIOGEOGRAFIA E CONSERVAÇÃO DA CAATINGA E À FLORÍSTICA E TAXONOMIA DE ASTERACEAE NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL
Áreas de Endemismo; Análise de Endemicidade; Compositae; FATSS; Riqueza de espécies.
Compreender a distribuição de espécies endêmicas revela padrões evolutivos e áreas prioritárias para conservação. Levantamentos florísticos e taxonômicos são fundamentais para entender a diversidade, subsidiando estudos em diversas linhas de pesquisa. Esta pesquisa objetivou ampliar os conhecimentos biogeográficos e de conservação de espécies endêmicas da Caatinga, bem como contribuir para o conhecimento florístico e taxonômico de Asteraceae em áreas pouco estudas do nordeste brasileiro. Este trabalho subdivide-se em duas partes: a primeira focou nos padrões de riqueza, detecção de Áreas de Endemismo (AoE) e cobertura de Unidades de Conservação (UC) das angiospermas endêmicas da Caatinga. A partir da distribuição de 391 espécies, delimitou-se nove AoEs, algumas das quais abrangendo AoEs menores, e alinhando-se integral ou parcialmente a alguns dos Distritos Biogeográficos propostos para a área. Observou-se que a o atual sistema de UC’s é ineficaz em quatro aspectos estudados: quantidade de registros, quantidade de espécies, concentração de espécies endêmicas e cobertura das AoEs delimitadas. A segunda parte subdivide-se em três artigos publicados: o primeiro detalhou Asteraceae no estado de Alagoas, revelando 112 espécies, sendo 51 novos registros. O segundo descreve Lepidaploarestingae G.Soares & Loeuille, uma nova espécie restrita às restingas dos estados de Alagoas e Sergipe. O terceiro tratou de atualizações nomenclaturais de duas espécies do gênero Vernonia Schreb., além do relato da primeira ocorrência de Mesanthophora rojasii (Cabrera) H.Rob. em áreas de Caatinga, até então restrita ao Chaco.