Banca de DEFESA: MARIA DA GLÓRIA VIEIRA ANSELMO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA DA GLÓRIA VIEIRA ANSELMO
DATA : 26/02/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Sessão remota de videoconferência
TÍTULO:

SABERES TRADICIONAIS: ETNOBOTÂNICA NO CONTEXTO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) E ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO (ARIE) DA BARRA DO RIO MAMANGUAPE-PB


PALAVRAS-CHAVES:

Comunidades tradicionais. Categorias de usos. Conservação.


PÁGINAS: 116
RESUMO:

As atividades humanas vêm contribuindo para transformações das paisagens terrestres ao longo do tempo, e muitas vezes, resultam em consequências negativas às dinâmicas socioambientais. O Brasil, por sua vez, vem estabelecendo leis e medidas para atenuar estes danos e degradação, não obstante a criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), para assim, manter as áreas remanescentes da Mata Atlântica e ecossistemas associados. A referida pesquisa objetivou diagnosticar analiticamente o uso, conhecimento e disponibilidade da vegetação de Mata Atlântica e ecossistemas associados através da etnobotânica na Área de Proteção Ambiental (APA) e na Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) dos manguezais do Rio Mamanguape - PB como contribuição à conservação ambiental. O estudo iniciou no ano de 2022 e incluiu as comunidades: Barra de Mamanguape, Lagoa de Praia, Praia de Campina, Tanques, Tavares e Aritingui, inseridas nas APA/ARIE da Barra do Rio Mamanguape - PB. A pesquisa foi distribuída nas seguintes etapas: levantamentos bibliográficos e cartográficos, trabalho de campo, análises de gabinete e Geoprocessamento. Foi solicitada autorização ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, ao Comitê de Ética em Pesquisa – CEP/UFPE e às lideranças comunitárias. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas contendo questões socioeconômicas e etnobotânicas através de visitas domiciliares aos representantes familiares e/ou aposentados (mulheres e homens) maiores de 18 anos. A análise espaço-temporal da paisagem foi mensurada através do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada - IVDN considerando-se os seguintes intervalos de tempo: 1985, 2005, 2014, 2018 e 2023, através de imagens dos Sensores TM e OLI e satélites Landsat 5 e 8, com as seguintes classes: mangue, outros tipos de vegetação densa, vegetação rala, solo exposto e/ou área urbana, cultivo de cana-de-açúcar e água. Dentre as famílias botânicas citadas predominaram a Fabaceae, Anacardiaceae, Apocynaceae, Bignoniaceae e a Myrtaceae, enquanto as espécies que se destacaram foram: Eschweilera ovata (Cambess.) Miers, Anacardium occidentale L, Rhizophora mangle L, Byrsonima gardneriana Juss, Pogonophora schomburgkiana Miers. Os informantes demonstraram amplo conhecimento etnobotânico, cujas espécies foram citadas para várias finalidades, distribuídas nas categorias de alimento, medicinal, combustível, construção, tecnologia, ornamental, mágico religioso, veneno abortivo, veterinário e outros. Na análise geoambiental foi observada pouca variação na extensão das classes consideradas ao longo do período analisado, porém é possível constatar que as áreas de vegetação remanescentes estão em contato com a monocultura da cana-de-açucar, o que pode influenciar negtivamente a dinâmica ecossistêmica e o modo de vida das comunidades. Conclui-se que as comunidades estudadas têm um conhecimento versátil sobre as espécies vegetais, compartilham a ideia de pertencimento e cuidado com a vegetação local e demais recursos naturais, além de valorizar em suas vivências o diálogo sobre o conhecimento tradicional adquirido de gerações anteriores.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - JANAINA BARBOSA DA SILVA - UFCG
Externa ao Programa - 1116155 - LARISSA MONTEIRO RAFAEL - nullPresidente - 2133196 - MARIA FERNANDA ABRANTES TORRES
Externa à Instituição - MILENA DUTRA DA SILVA - UFPB
Externo à Instituição - REINALDO FARIAS PAIVA DE LUCENA - UFMS
Notícia cadastrada em: 25/02/2025 21:48
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