Banca de QUALIFICAÇÃO: EMANUEL FERNANDO DE ANDRADE BORGES FILHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EMANUEL FERNANDO DE ANDRADE BORGES FILHO
DATA : 03/02/2025
LOCAL: Sessão remota de videoconferência
TÍTULO:

POSSIBILIDADES E LIMITES PARA EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA COM A IMPLANTAÇÃO DO NOVO ENSINO MÉDIO NA REDE ESTADUAL DE ENSINO DE PERNAMBUCO


PALAVRAS-CHAVES:

Educação geográfica. Novo Ensino Médio. Rede estadual de ensino de Pernambuco.


PÁGINAS: 225
RESUMO:

O processo de ensino-aprendizagem da Ciência Geográfica no mundo contemporâneo apresenta-se como tarefa de grande responsabilidade, dada a sua importância no sentido de contribuir na leitura, na análise, na crítica, na reflexão e na ação sobre o espaço geográfico, fornecendo, também, subsídios para construção do exercício pleno da cidadania, por meio de uma aprendizagem significativa e transformadora. Com a implantação do Novo Ensino Médio, novos desafios foram lançados ao ensino-aprendizagem da Ciência Geográfica. Os discursos oficiais abordaram essa reformulação da última etapa da educação básica como capaz de atender aos anseios das juventudes, por estar mais articulado com as demandas atuais dos jovens, sintonizado com a pesquisa, o mercado de trabalho, a inovação e a tecnologia, a cidadania crítica e o engajamento social. Camuflada no discurso redentor de superar as dificuldades da última etapa da educação básica, o Novo Ensino Médio trouxe impactantes transformações à comunidade educacional, que repercutiram diretamente na prática pedagógica e no processo de ensinoaprendizagem da Ciência Geográfica. A Lei N.º 13.415/2017 estabeleceu que o Novo Ensino Médio deveria estar em plena execução até o ano de 2024. O Estado de Pernambuco começou a sua operacionalização de forma gradual em 2022. A construção da tese teve como problema, investigar quais as implicações da implantação do Novo Ensino Médio para o ensino da Ciência Geográfica na Rede Estadual de Ensino de Pernambuco? Partindo-se da hipótese de que o processo verticalizado de construção e implementação do Novo Ensino Médio, sem grande envolvimento dos docentes e sem formação continuada adequada para as mudanças impostas, impactaria negativamente no ensino-aprendizagem da geografia, visto que esta teve sua carga horária reduzida na Formação Geral Básica e forte concorrência com outras áreas de conhecimento na oferta dos aprofundamentos dentro dos Itinerários Formativos. O objetivo geral desse trabalho foi analisar os principais impactos do Novo Ensino Médio na prática pedagógica dos professores de geografia e no processo de ensino-aprendizagem da Ciência Geográfica na Rede Estadual de Ensino de Pernambuco. O referencial teórico finca-se no materialismo histórico-dialético, almejando captar o processo social em sua integralidade. Além disso, a pesquisa seguiu um viés metodológico predominantemente qualitativo, com abordagem do tipo descritiva, com dois percursos metodológicos, um de cunho teórico e documental, e outro de estudo de campo. Adotando-se os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento das referências teóricas relevantes para a temática da pesquisa; em seguida, inventário e análise dos documentos oficiais associados a promulgação da Lei N.º 13.415/2017, focado no contexto pernambucano; por fim, aplicação de questionários quanti-qualitativo com professores de geografia envolvidos no processo de implementação do Novo Ensino Médio na Rede Estadual de Ensino de Pernambuco. Os resultados alcançados confirmaram a hipótese de que a implantação do Novo Ensino Médio nos moldes da imposição precarizaram o trabalho docente e o ensino da ciência geográfica no estado.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1900371 - FRANCISCO KENNEDY SILVA DOS SANTOS
Interna - 1872154 - PRISCYLLA KAROLINE DE MENEZES
Externa à Instituição - REGINA CELLY NOGUEIRA DA SILVA - UEPB
Notícia cadastrada em: 31/01/2025 20:46
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