MAPEAMENTO PARTICIPATIVO DE ÁREAS DE RISCO À EROSÃO NO SEMIÁRIDO MERIDIONAL PERNAMBUCANO: UMA ABORDAGEM COM COMUNIDADES E EDUCAÇÃO BÁSICA
Erosão. Risco. Cartografia social. Vulnerabilidade. Agreste pernambucano.
O bairro de Heliópolis, situado no município de Garanhuns, PE, no Agreste Meridional de Pernambuco, enfrenta diversos problemas socioambientais devido ao rápido crescimento urbano combinado com um planejamento inadequado e excludente. Entre esses problemas, destaca-se a erosão, um fenômeno global causado por fatores naturais e pela intervenção humana. Para mitigar a erosão, é fundamental compreendê-la e adotar medidas eficazes. A participação ativa das comunidades afetadas na gestão de áreas de risco é crucial, pois promove a inclusão social e melhora a eficácia das medidas de segurança. O envolvimento direto das comunidades fortalece as estratégias de prevenção e resposta, assegurando decisões mais adequadas às necessidades locais e resultando em uma proteção mais eficiente contra vulnerabilidades. O principal objetivo deste trabalho é avaliar o grau de risco à erosão em uma área do bairro de Heliópolis, no município de Garanhuns, utilizando uma abordagem participativa com moradores em risco e estudantes da educação básica. O processo metodológico incluiu a seleção da área piloto, sobrevoo com VANT, setorização das áreas de risco, oficinas pedagógicas, aplicação de questionários e mapeamento participativo das áreas de risco à erosão. A seleção da área piloto ajudou a escolher a localidade para o estudo. O sobrevoo com VANT ofereceu uma visão detalhada das áreas de difícil acesso. A setorização das áreas de risco permitiu definir os graus de risco a serem trabalhados. As oficinas pedagógicas proporcionaram uma visão dos estudantes sobre a erosão e os riscos em seu bairro. A aplicação de questionários com moradores do bairro revelou uma visão detalhada dos riscos. O mapeamento participativo destacou os riscos enfrentados pelos moradores, incluindo a conscientização das crianças sobre a preservação ambiental. Enquanto alguns residentes são céticos quanto aos perigos das erosões, outros reconhecem a urgência de medidas preventivas. Apesar dos desafios, esse mapeamento representa um avanço significativo para o desenvolvimento de comunidades mais seguras. No entanto, é necessário utilizar esses dados na formulação de políticas públicas adequadas para garantir comunidades resilientes e sustentáveis a longo prazo.