Banca de QUALIFICAÇÃO: GIRLAN CANDIDO DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GIRLAN CANDIDO DA SILVA
DATA : 28/05/2024
LOCAL: Sessão remota de videoconferência
TÍTULO:

A CARTOGRAFIA PARTICIPATIVA E SOCIAL COMO FORMA DE AUTORREPRESENTAÇÃO E LEGITIMAÇÃO DE LUTAS FRENTE ÀS INVESTIDAS DO GRANDE CAPITAL EM COMUNIDADES TRADICIONAIS: O CASO DO COMPLEXO INDUSTRIAL PORTUÁRIO DE SUAPE – PE


PALAVRAS-CHAVES:


Território. Estado. Comunidades. Cartografia social. Mapeamento participativo e comunitário.


PÁGINAS: 494
RESUMO:

Desde o surgimento do mapa enquanto elemento essencial para a representação de espaços dentro da superfície terrestre que ele vem sendo profundamente utilizado para propiciar a conquista e tomada dos territórios pelos estados e tendo finalidade sobretudo para promoção de conflitos e como instrumento de guerra. Não é a toa que o Estado no qual apresentasse uma cartografia cada vez mais aprimorada e uma produção de mapas em estágio avançado era, também, detentor de grandes extensões territoriais. Nesse aspecto, o documento mapa assumiu suma importância não somente para que os cientistas de época tivessem um conhecimento representado em pequena escala de um determinado espaço, mas possibilitou do mesmo modo o extermínio de culturas e de povos inferiorizados. No século XX, os mapas assumiram uma importante função dentro das áreas de planejamento e de configurações territoriais, sobretudo quando associados aos empreendedores do grande capital que visam uma seletividade espacial de maneira bem mais rápida e precisa uma vez que, com o crescimento, desenvolvimento eaperfeiçoamento das geotecnologias tal tarefa se tornou mais prática e eficiente, mas que, na maioria dos casos, desconsidera o capital humano e de vida já existente no espaço pleiteado. E nesse aspecto, os maiores impactados pelas tomadas territoriais proporcionadas pelo crescimento de empreendimentos capitalistas em conluio com o Estado, são as comunidades tradicionais que apenas observavam, de modo “passivo”, a expansão e domínio de seus territórios. Como o documento mapa ainda é um elemento caro, geralmente de difícil manuseio e que não se encontra facilmente disponível para quem realmente precisa estar contido na representação do espaço, sobretudo nós mapas “oficiais”, cada vez mais as comunidades recorrem as práticas da cartografia social e dos mapeamentos participativos como modo de possam ter seus territórios reconhecidos e inseridos nesses mapas e assim legitimar não apenas os seus territórios vividos mas também terem um instrumento de luta contra as formas ilegítimas e vis nos quais o Estado e o capital praticam junto às comunidades. No trabalho em apreço, será visto o que está sendo feito no território de Suape, situado na Região Intermediária de Recife, entre os municípios do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca, sendo observado como estas dinâmicas de mudança territorial tem impactado diretamente as comunidades locais, sobretudo o Quilombo Mercês, o Engenho Serraria e a Ilha de Tatuoca. Para a elaboração desta escrita, foram efetuadas leituras que estivessem em constante diálogo com a realidade local afim de que pudéssemos compreender as dinâmicas territoriais locais bem como a elaboração de mapeamentos junto as comunidades citadas e que a posteriori foram georreferenciadas em softwares de mapeamento tais como ArcGis 10.8 e o QGis 3.16 resultando em mapas temáticos que traduzem a realidade de vida enfrentada por estas comunidades e como a disputa e violência territorial ainda se faz presente dentro daquele espaço.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - AVELAR ARAUJO SANTOS JUNIOR - UFAL
Externa à Instituição - ALINE DO MONTE GURGEL - Fiocruz - PE
Externo à Instituição - ANDERSON CAMARGO RODRIGUES BRITO
Presidente - 1541856 - CLAUDIO UBIRATAN GONCALVES
Notícia cadastrada em: 27/05/2024 21:52
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