Justificativa: A intolerância ao esforço nas doenças cardiovasculares resulta de alterações cardiovasculares e musculoesqueléticas que limitam a capacidade física. Essas condições comprometem o desempenho durante o exercício causando fadiga precoce e dispneia. Além disso, a intolerância ao esforço pode influenciar o sistema nervoso autônomo, afetando a regulação da frequência cardíaca e aumentando o risco de arritmias. Compreender essas interações é essencial para melhorar o manejo clínico da intolerância ao esforço, aprimorando a qualidade de vida e a saúde cardiovascular dos pacientes. Objetivos: Analisar o controle autonômico cardíaco através da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em um teste de esforço submáximo, teste de caminhada de 6 minutos (TC6), em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção do ventrículo esquerdo reduzida (FEVEr) e melhorada (FEVEm). Procedimentos metodológicos: Estudo transversal analítico com 19 indivíduos de ambos os sexos e idades entre 18 e 65 anos. Foram registrados os intervalos RR usando um cardiofrequencímetro Polar V800® com cinta Polar H10® durante o TC6. Os dados foram transferidos para o Polar FlowSync® e analisados no Kubios HRV Standard (versão 4.1.0, 2023), calculando-se índices de variabilidade da frequência cardíaca no domínio do tempo (SDNN e RMSSD) e da frequência (LF, HF e LF/HF). Resultados: Os índices da VFC analisados apresentavam-se reduzidos. O grupo de FEVEr apresentou o índice SDNN reduzido durante e após o teste de esforço submáximo quando comparado ao grupo de FEVEm. Os resultados obtidos no teste de esforço submáximo em ambos os grupos demonstraram um desempenho aquém do esperado. Conclusão: Essa análise sugere que a VFC, especificamente medida pelo SDNN e RMSSD, pode ser um indicador útil na distinção entre indivíduos com FEVE reduzida e melhorada durante um teste de esforço submáximo e na fase de recuperação. É importante considerar esses resultados no contexto da avaliação clínica e no desenvolvimento de estratégias de manejo para pacientes com insuficiência cardíaca.