COVID-19, pandemia, enfermagem, saúde mental, síndrome de burnout, condições de trabalho.

A pandemia da COVID-19, que até março de 2023 já contabilizava mais de 760 milhões de casos e 6,8 milhões de mortes em todo o mundo, provocou mudanças substanciais nos âmbitos social, econômico e psicológico da população. Diante da rápida disseminação do vírus e da ausência de um tratamento específico, as medidas preventivas emergiram como a principal estratégia de combate, evidenciando globalmente, a fragilidade das redes de assistência médica devido à sobrecarga nos sistemas de saúde. Esse contexto teve um impacto negativo na saúde mental dos profissionais de enfermagem, resultando em um aumento nos casos de ansiedade, depressão e síndrome de burnout. O objetivo desta pesquisa é avaliar a prevalência de burnout na equipe de enfermagem que atuou em hospitais públicos e privados no contexto da pandemia. O método empregado foi um estudo transversal, observacional e analítico, realizado com profissionais de enfermagem, por meio de um questionário online. Os resultados revelaram que, nenhum participante obteve pontuação que caracterizasse a síndrome no modelo 1. No modelo 2, 33,4% dos profissionais apresentavam sinais de burnout e no modelo 3, 80,2%. A dimensão exaustão emocional foi identificada em 53,8%, despersonalização em 25,3% e baixa realização pessoal em 40,3% dos entrevistados. Essas descobertas proporcionam insights valiosos sobre o impacto da pandemia na saúde mental da equipe de enfermagem, destacando a necessidade de estratégias de apoio e intervenções para preservar o bem-estar desses profissionais essenciais.