Banca de QUALIFICAÇÃO: FRANCYLENE MALHEIROS MACEDO DA CUNHA REGO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCYLENE MALHEIROS MACEDO DA CUNHA REGO
DATA : 04/04/2025
LOCAL: REMOTA/VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:
SENSIBILIZAÇÃO ALÉRGICA EM CRIANÇAS SIBILANTES COM SÍNDROME DE DOWN

PALAVRAS-CHAVES:

Síndrome de Down; asma; sibilância; alergia.


PÁGINAS: 45
RESUMO:
Crianças com Síndrome de Down (SD) apresentam alta prevalência de distúrbios respiratórios, resultando em internações frequentes e custos elevados. A sibilância recorrente é comum nesse grupo, com prevalência de até 32%, embora apenas pequeno percentual atenda aos critérios diagnósticos para asma. Baixos níveis de marcadores de atopia sugerem que fatores como malácia e aspiração crônica possam estar envolvidos na sibilância observada, mas a literatura atual ainda não esclarece completamente os mecanismos subjacentes a essa condição. Diante disso, este estudo teve como objetivo avaliar a frequência e o perfil de sensibilização alérgica em crianças sibilantes com e sem Síndrome de Down. Foram analisados prontuários de 203 pacientes com sibilância recorrente e/ou asma, com idades entre 2 e 12 anos, atendidos em serviço de referência em alergia entre 2023 e 2025. Destes, 109 apresentavam SD (grupo de estudo) e 94 não tinham essa condição (grupo de comparação). Ao comparar as características clínicas dos dois grupos, não foram observadas diferenças significativas em relação ao sexo e à idade. No entanto, prematuridade foi mais frequente entre as crianças com SD (22%), assim como número de episódios de pneumonia; 43,1% das crianças com SD relataram 3 ou mais episódios, em relação a 11,9% no grupo sem SD. A análise de eosinófilos e IgE total revelou diferenças significativas entre os grupos, indicando níveis mais baixos no grupo das crianças com SD. A frequência de sensibilização alérgica foi de 6,4% no grupo com SD, comparada a 61,2% no grupo sem SD. A análise da associação entre sensibilização alérgica e SD em crianças com sibilância recorrente e/ou asma revelou que a SD atuou como um fator protetor, indicando que as crianças com SD tiveram 94% menos chance de serem sensibilizadas do que as crianças sem SD. Quanto ao perfil de sensibilização, ambos os grupos mostraram semelhança na frequência de alérgenos, com predominância de Dermatophagoides farinae em cerca de 85% dos pacientes. Esses achados contribuem para um maior entendimento dos fenótipos de sibilância na SD e podem auxiliar na otimização das estratégias terapêuticas e preventivas, promovendo melhores abordagens na saúde respiratória dessa população vulnerável.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 586829 - EMANUEL SAVIO CAVALCANTI SARINHO
Externa à Instituição - PATRICIA GOMES DE MATOS BEZERRA
Notícia cadastrada em: 01/04/2025 15:50
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