MAGNITUDE E PADRÕES ESPACIAIS E TEMPORAIS DA MORTALIDADE POR DIABETES MELLITUS E TUBERCULOSE, NO BRASIL: 2008 A 2022
diabetes mellitus; tuberculose; análise espacial
Sabe-se que o Brasil convive com o aumento da proporção de morbimortalidade associado às doenças crônicas,
concomitante a uma alta proporção de morbimortalidade por doenças infecciosas e parasitárias, não completando
seu processo de transição epidemiológica. Baseado nisso, e sabendo que o Diabetes Mellitus e a tuberculose,
ainda são importantes problemas de saúde pública no país, ambos com altas taxas de mortalidade, é oportuno
entender como se dá esse processo no país. Com isso, este estudo tem como objetivo descrever o perfil
sociodemográfico e epidemiológico, assim como, realizar análises de distribuição espacial e tendência temporal
da mortalidade por Diabetes Mellitus (DM) e da Tuberculose (TB), verificando também a existência de
superposição de aglomerados de alto risco para mortalidade de ambas as doenças, nos municípios brasileiros, no
período de 2008 a 2022. Será um estudo ecológico, de base populacional, a considerar diferentes unidades
geográficas de análise. Serão calculados indicadores de mortalidade segundo local de residência (macrorregião
geográfica), sexo, faixa etária, raça/cor e ano de ocorrência do óbito, além de estimados Riscos Relativos (RRs)
ou razão de coeficientes de mortalidade (com respectivo IC 95%). A significância estatística das diferenças entre
os grupos será avaliada por meio do teste qui-quadrado (χ2) de Pearson. As análises das tendências dos
indicadores de mortalidade serão realizadas por meio de modelos de regressão joinpoint (regressão linear
segmentada). Métodos de análise espacial e técnicas de geoprocessamento serão utilizados para analisar a
distribuição espacial, em diferentes momentos do tempo, da mortalidade relacionada a DM e a TB, no Brasil. O
período do estudo total será divido em triênios, totalizando cinco cortes temporais, sendo eles período 1 (2008 -
2010), período 2 (2011 - 2013), período 3 (2014 - 2016), período 4 (2017 - 2019), período 5 (2020 - 2022). Será
utilizada a estratégia de análise espacial de dados de áreas (polígonos) e terão os municípios brasileiros como
unidades geográficas de análise (UGA). Serão calculados os coeficientes brutos de mortalidade por município de
residência para cada corte temporal do estudo. A análise de dependência espacial será avaliada através do cálculo
do índice de Moran global univariado e bivariado. Por se tratar de uma pesquisa com utilização de dados de
domínio público e não apresentarem variáveis relacionadas à identificação dos indivíduos, este estudo prescinde
da necessidade de utilização do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Contudo, os preceitos
aludidos na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde serão respeitados.