Efeito da Terapia Cognitivo Comportamental para Insônia sobre os sintomas depressivos e o risco de suicídio
Depressão; Insônia; Comportamento Suicida; Terapia Cognitivo Comportamental para Insônia.
FAGUNDES, D. Efeito da Terapia Cognitivo Comportamental para Insônia sobre os sintomas
depressivos e o risco de suicídio [Tese]. Recife: Centrode Ciências da Saúde, Universidade
Federal de Pernambuco; 2025. INTRODUÇÃO: É crescente o interesse em compreender a
relação entre sono e suicídio. Embora a insônia seja comumente citada como fator de risco
crítico para pensamentos e comportamentos suicidas, as evidências sobre o tratamento e
controle da insônia e seus efeitos na redução de tais comportamentos ainda não estão claros.
OBJETIVOS: Avaliar o efeito da TCCi , em pacientes diagnosticados com Depressão Unipolar
com sintomas de insônia sobre o comportamento suicida. MÉTODOS: Trata-se de um estudo
de intervenção, transversal e analítico. Os dados foram coletados por meio de três instrumentos
validados e traduzidos. O estudo foi composto por 10 indivíduos de 18 a 60 anos diagnosticados
com depressão unipolar e que relataram ideação suicida com intenção de morrer na última
semana e/ou tentativa de suicídio no último mês. Foram dois grupos randomizados a saber : O
grupo A cujo protocolo terapêutico incluiu uma medicação (Amitriptilina 25 mg) e Grupo B
cujo o protocolo incluiu com a medicação (Amitriptilina 25 mg) e sessões semanais de TCCi
com protocolo de duração de 8 semanas. Os Desfechos primários incluíram a avaliação da
gravidade da insônia ( Índice de Gravidade de Insônia – ISI), Risco de Suicídio ( Escala de
Avaliação do Risco de Suicídio de Columbia – C-SSRS) e os desfechos secundários foram
incluídos na gravidade dos sintomas depressivos ( Escala de Depressão de Montgomery-
Asberg- MADRS). As medidas de desfechos primários e secundários foram coletadas nas
semanas 0,2,4,6, e 8 das intervenções . RESULTADOS: Participaram do estudo 10 indivíduos
selecionados no ambiente de atendimento ambulatorial de psiquiatria, com prevalência maior
do sexo feminino e idade média de 30-50 anos que apresentaram melhora dos sintomas of the
symptoms do quadro de humor e de sono , além das alterações de pensamentos suicidas no
decorrer das 8 semanas de observação e intervenção do estudo. CONCLUSÃO: Os indivíduos
avaliados com as intervenções farmacológica e psicoterapêutica apresentaram uma resposta
mais significativa, com melhora da sintomatologia do quadro depressivo, da insônia e também
do comportamento suicida já nas primeiras semanas do estudo comparados com o grupo tratado
apenas com medicação. Esses dados sinalizam a necessidade de se observar na prática da clínica
psiquiátrica um olhar mais ampliado para os pacientes que apresentem queixas psiquiátricas e
de sono permitindo uma intervenção com mais foco e uma evolução mais rápida no exame
psicopatológico e no quadro de sono.