Banca de DEFESA: ANA CRISTINA VEIGA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA CRISTINA VEIGA SILVA
DATA : 02/09/2021
HORA: 09:00
LOCAL: posneuro
TÍTULO:

Impacto da craniectomia descompressiva no traumatismo

cranioencefálico


PALAVRAS-CHAVES:

craniectomia descompressiva, traumatismo craniencefalico, hipertensão
intracraniana


PÁGINAS: 79
RESUMO:

Existe uma estreita relação entre o traumatismo cranioencefálico (TCE) e um aumento da
pressão intracraniana (PIC). A craniectomia descompressiva (CD) reduz efetivamente a
PIC, contudo seu papel na CD primária ainda não está bem esclarecido. Foram analisados
retrospectivamente prontuários de pacientes com TCE, submetidos a CD no Hospital da
Restauração (HR) em Recife, entre janeiro de 2015 a junho de 2018, com o objetivo de
avaliar as características sociodemográficas, clínicas, cirúrgicas e identificar fatores
preditivos de prognóstico que possam estar associados ao tempo de instituição da CD
primária. Os dados foram coletados em 226 prontuários do banco de dados do hospital. A
maioria expressiva dos pacientes era de adultos jovens (14-39 anos; 62%) e do sexo
masculino (87,2%). Os acidentes de trânsito (58,4%), principalmente os envolvendo
motocicletas (43,8%), foram a principal causa do evento traumático. Na avaliação inicial,
51,8% dos pacientes foram classificados com TCE grave e a avaliação pupilar não mostrou
anormalidades (66,4%). Na avaliação tomográfica, 57% apresentaram mais de uma lesão
concomitante, sendo o hematoma subdural agudo a mais frequente (66,4%). A maioria das
CD foram precoces (64,6%), antes das 12h de admissão, sendo 54,6% ultra precoce. O
escore da Escala de Resultados de Glasgow (GOS) foi usado para categorizar os
desfechos funcionais avaliados na alta e, 72% apresentaram resultado desfavorável, tendo
sido observado 35,8% de óbitos. Na avaliação de fatores preditivos associados a
prognóstico de desfecho desfavorável identificou-se: a não realização da plástica dural
após descompressão craniana (p=0,001); a ECG inicial <8 (p = 0,002), e o tempo de
instituição da cirurgia acima de 6 horas da admissão (p=0,049). Verificou-se ainda maior
ocorrência de óbito em pacientes com TCE grave (p=0,005), cujo mecanismo do trauma
tenha sido agressão (p=0,039). Este estudo mostra a importância da CD para o tratamento
de TCE grave e que a CD é um procedimento comum usado para manejar pacientes com
TCE grave no HR, no entanto os resultados enfatizam a dificuldade de estabelecer
momento ideal de sua realização.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 3315834 - LUCIANA PATRIZIA ALVES DE ANDRADE VALENCA
Interno - 1437182 - OTAVIO GOMES LINS
Presidente - 1294582 - PEDRO AUGUSTO SAMPAIO ROCHA FILHO
Externo ao Programa - 1198757 - SILVIO DA SILVA CALDAS NETO
Notícia cadastrada em: 01/09/2021 09:24
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