Banca de QUALIFICAÇÃO: ISLA ARIADNY AMARAL DE SOUZA GONZAGA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ISLA ARIADNY AMARAL DE SOUZA GONZAGA
DATA : 03/02/2025
LOCAL: Posneuro
TÍTULO:

PARALISIA CEREBRAL EXPERIMENTAL: EFEITO DO TRATAMENTO NEONATAL COM QUERCETINA SOBRE O INTESTINO


PALAVRAS-CHAVES:

Plasticidade fenotípica. Paralisia cerebral. Quercetina.
Estresse oxidativo.


PÁGINAS: 47
RESUMO:

Durante a vida útil de mamíferos superiores o sistema nervoso central
pode se adaptar a mudanças no ambiente, por ser uma estrutura altamente
plástica. A paralisia cerebral (PC) descreve um grupo de alterações
neurodesenvolvimentais não progressivas heterogêneas que afetam o cérebro
fetal ou infantil, incluindo desordens posturais e de movimento que levam a
limitação da atividade. Os polifenóis têm emergido como potenciais agentes
terapêuticos por serem capazes de modular o metabolismo da glicose, perfil de
lipídios, atividade hormonal e enzimática, podendo assim ser utilizado no
tratamento da obesidade, diabetes entre outras comorbidades. Estima-se que o
consumo médio de polifenóis é de cerca de 1g diário, ingestão
consideravelmente maior que o ácido ascórbico (vitamina C) e o da vitamina E.
São variadas as funções nas quais os polifenóis estão envolvidos; como por
exemplo a assimilação de nutrientes, expressão proteica, atividade enzimática,
fotossíntese, produção de componentes estruturais e defesa contra os fatores
de risco presentes no ambiente. Dentre os polifenóis, destacam-se a
quercetina que tem mostrado importante atividade antioxidante, anti-
inflamatória e regulação metabólica. Foram utilizados filhotes machos da
linhagem Wistar. Os filhotes foram submetidos a dois episódios de anóxia, no
P0 e P1. Do P2 ao P28 foi realizada a restrição sensório-motora durante 16
horas, e nas 8 horas restantes foi permitida a livre movimentação do animal.
Após o início da suplementação de quercetina (10mg/kg/dia), os seguintes
grupos foram formados: 1) Controle quercetina (C+Q, n=10); 2) Controle
veículo (C+V, n=10); 3) PC quercetina (PC+Q, n=10); 4) PC veículo (PC+V,
n=10). Em seguida, foram avaliados: o peso corporal e desenvolvimento
somático; a histomorfometria do intestino; Biomarcadores de estresse oxidativo
(TBARS e Carbonilas) e Defesa antioxidante enzimática: Superóxido dismutase
(SOD); Catalase (CAT); Glutationa-s-transferase no intestino. Nossos
resultados demonstraram que os animais com PC reduziram o peso corporal e

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as medidas murinométricas no período pós-natal comparado aos controles. No
jejuno, os animais com PC diminuíram a largura do meio das vilosidades e a
espessura da túnica submucosa comparado aos controles. A quercetina
aumentou a largura do ápice das vilosidades do jejuno nos animais controle.
No íleo, os animais PC comparados aos seus respectivos controles diminuíram
a altura total, a largura da base e a área das vilosidades e também a área dos
enterócitos. Por outro lado, o tratamento com quercetina aumentou a altura
total das vilosidades do íleo nos animais controle. No jejuno houve aumento do
MDA e carbonilas nos animais com paralisia cerebral comparado ao controle.
Enquanto que nos animais com paralisia cerebral que receberam tratamento
com quercetina em relação aos que não receberam houve diminuição do MDA
e das carbonilas. Houve diminuição da catalase, da GST e dos tiois nos
animais com paralisia cerebral comparado aos seus respectivos controles. A
paralisia cerebral leva a modificações somáticas e também em diferentes
porções do intestino delgado. O tratamento neonatal com quercetina parece ser
capaz de modificar a estrutura do intestino delgado em animais sem paralisia
cerebral. Esse tratamento neonatal com quercetina também parece diminuir
também o estresse oxidativo nos animais com paralisia cerebral.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ERIKA VANESA CADENA BURBANO - UFPE
Presidente - 1855548 - PAULA REJANE BESERRA DINIZ
Externa à Instituição - REGINA DE DEUS LIRA BENEVIDES MAGALHAES
Notícia cadastrada em: 31/01/2025 11:49
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