Banca de DEFESA: FELIPE ARAUJO ANDRADE DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FELIPE ARAUJO ANDRADE DE OLIVEIRA
DATA : 13/06/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Posneuro
TÍTULO:

CEFALEIA E ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO: AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE MIGRÂNEA E PENUMBRA ISQUÊMICA E ESTUDO DA CEFALEIA PERSISTENTE ATRIBUÍDA AO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO


PALAVRAS-CHAVES:

AVC Isquêmico; Infarto Cerebral; Transtornos de Enxaqueca; Transtornos da Cefaleia Secundários; Cefaleias Vasculares


PÁGINAS: 102
RESUMO:

Introdução: O AVCi e a migrânea são considerados problemas de saúde pública mundial. Existe uma hipótese de que a migrânea interfira no comportamento da penumbra isquêmica durante a fase aguda do AVCi. A cefaleia também é uma manifestação frequente do AVCi, ocorrendo tanto na fase aguda como persistindo após 03 meses do AVCi. Na última Classificação Internacional das Cefaleias foi incluída a cefaleia persistente atribuída a AVCi prévio.
Objetivos: Avaliar se a presença do diagnóstico de migrânea modifica a existência e o volume da divergência  entre as áreas de difusão e perfusão no AVCi (área de penumbra). Avaliar se a presença do diagnóstico de migrânea implica em pior evolução clínica após o AVCi. Avaliar a incidência, a evolução e o impacto da cefaleia persistente atribuída a AVCi prévio. Identificar os fatores de risco para o desenvolvimento da cefaleia persistente
atribuída a AVCi prévio.
Métodos: Estudo observacional tipo coorte prospectiva. Avaliamos pacientes internados com AVCi admitidos com até 72 horas do início dos sintomas no Real Hospital Português de Beneficência de Pernambuco. Realizamos questionário semiestruturado para caracterização sociodemográfica, caracterização da doença cerebrovascular e caracterização das cefaleias segundo os critérios diagnósticos da Classificação Internacional das Cefaleias. Utilizamos como escalas a escala de AVCi do NIHSS, a escala de Rankim modificada e a escala HIT-6. Os pacientes realizaram RM de encéfalo com difusão e com perfusão com volumetria para determinação da presença de penumbra isquêmica. Os pacientes foram avaliados posteriormente com 03 meses para determinação do prognóstico e com 01 ano para avaliação da cefaleia persistente
atribuída a AVCi prévio.
Resultados: Foram incluídos 221 pacientes, sendo a maioria do sexo masculino (59,3%) e cuja idade média foi de 68,2 anos ± 13,8. Foi realizada a análise de penumbra isquêmica em 118 pacientes e não encontramos relação entre o diagnóstico de migrânea e a ausência de penumbra isquêmica ao avaliarmos o volume da difusão e da perfusão na fase aguda do AVCi (OR: 1,22 (0,52 – 2,87) p=0,649). A migrânea não interferiu no
prognóstico do AVCi após 03 meses (OR: 2,30 (1,11-4,74) p=0,024). A cefaleia persistente atribuída a AVCi prévio apresentou uma frequência de 10,1% (IC95%: 5,3 a 17,0%) após 01 ano do AVCi com um elevado impacto em um terço dos pacientes e cuja principal características foi um padrão semelhante à migrânea. Não encontramos fatores de risco para a o desenvolvimento da cefaleia persistente atribuída a AVCi prévio.

Conclusão: Migrânea não está associada a uma maior frequência de ausência de penumbra isquêmica ou ao volume da penumbra isquêmica ou ao prognóstico do AVCi. A cefaleia persistente atribuída a AVCi prévio é uma complicação frequente após o AVCi, tem um impacto importante na vida de um terço dos pacientes que dela sofrem e tem como fenótipo mais frequente um padrão semelhante à migrânea.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ELCIO JULIATO PIOVESAN - UFPR
Externo à Instituição - JOAO EUDES MAGALHAES - UPE
Interna - 3159970 - MARIA DE FATIMA VIANA VASCO ARAGAO
Externo ao Programa - 1293496 - MARIO LUCIANO DE MELO SILVA JUNIOR
Presidente - 1294582 - PEDRO AUGUSTO SAMPAIO ROCHA FILHO
Notícia cadastrada em: 17/05/2022 10:51
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa07.ufpe.br.sigaa07