ASSOCIAÇÃO ENTRE INSATISFAÇÃO CORPORAL, SINTOMAS DEPRESSIVOS E COMER INTUITIVO EM GESTANTES DE ALTO RISCO
Imagem corporal. Depressão. Comportamento Alimentar.
Gestação.
Mudanças vividas do período gestacional podem promover a insatisfação com a
imagem corporal, aumentar o risco para distúrbios de humor como a depressão
e promover alterações no comportamento alimentar, comprometendo a saúde
da mãe e do feto. Sendo assim, este estudo objetivou avaliar a relação entre
insatisfação corporal, sintomas depressivos e comer intuitivo em gestantes
acompanhadas em ambulatório de alto risco. Trata-se de um estudo
observacional transversal. Trata-se de um estudo observacional transversal,
realizado com 113 gestantes, maiores de 18 anos, atendidas no programa de
pré-natal de alto risco de hospital universitário de referência no nordeste do
Brasil. Para avaliação da insatisfação corporal, sintomas depressivos e comer
intuitivo foram utilizados instrumentos autoaplicáveis (Body Shape
Questionnaire, Beck Depression Inventory e Intuitive Eating Scale-2). A
prevalência de insatisfação corporal e presença de sintomas depressivos na
amostra foi de 28,32% e 32,74%, respectivamente. O escore médio para
comportamento alimentar intuitivo foi de 3,28±0,56. Houve correlação entre as
variáveis de insatisfação corporal, sintomas depressivos e comer intuitivo
(p<0,001), assim como entre insatisfação corporal e IMC prévio e IMC
gestacional (p<0,001). Conclui-se que o comer intuitivo pode ser um fator
protetivo para a insatisfação corporal e para sintomas depressivos durante a
gestação de alto risco. Sugere-se futuras investigações para identificar como
esses parâmetros se comportam de acordo com a idade gestacional.