PPGSCA-CCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CCM CENTRO DE CIENCIAS MEDICAS - CCM Téléphone/Extension: (81)9175-5763

Banca de DEFESA: MARCELA MAIA SANTOS GURGEL

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCELA MAIA SANTOS GURGEL
DATA : 18/06/2025
HORA: 14:00
LOCAL: VIRTUAL - PLATAFORMA GOOGLE MEET - VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

REPERCUSSOES DA PANDEMIA DA COVID-19 NOS PROCEDIMENTOS DA ATENCAO A SAUDE BUCAL NA ATENCAO PRIMARIA A SAUDE EM CRIANCAS DE 0 A 9 ANOS NO ESTADO DE PERNAMBUCO


PALAVRAS-CHAVES:

Serviços de saúde; Saúde bucal; Saúde da criança; Covid-19; Coronavírus.


PÁGINAS: 51
RESUMO:

 

 

A assistência odontológica do sistema público brasileiro é estruturada com base no modelo de vigilância à saúde, com ênfase na promoção da saúde e a prevenção de agravos bucais. A pandemia da COVID-19 impôs desafios significativos e heterogêneos aos serviços de saúde, afetando diretamente a organização e oferta dos cuidados odontológicos. Nesse cenário, destaca-se a importância da saúde bucal na infância, etapa fundamental para o desenvolvimento integral da criança. Condições bucais não tratadas nessa fase podem comprometer funções essenciais, como alimentação, fala e socialização, além de representar um importante marcador das iniquidades em saúde. Este estudo teve como objetivo analisar o perfil assistencial odontológico na atenção primária à saúde em crianças de 0 a 9 anos de municípios com menos de 20 mil habitantes e com mais de 80 mil do estado de Pernambuco nos períodos pré, trans e pós pandemia da COVID-19. Tratou-se de estudo do tipo ecológico que utilizou dados secundários de domínio público e acesso irrestrito do Ministério da Saúde. Foram analisados 104 municípios do estado de Pernambuco, sendo 85 com menos de 20 mil habitantes e 19 com mais de 80 mil em três períodos: pré-pandêmico (março de 2018 a março de 2020), trans-pandêmico (abril de 2020 a março de 2022) e pós-pandêmico (abril de 2022 a abril de 2023). A análise foi conduzida com base em variáveis dependentes relacionados à assistência odontológica extraídas do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica - SISAB, disponível na plataforma do DATASUS. As variáveis independentes, por sua vez, foram obtidas nos portais e-Gestor AB e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abrangendo indicadores sociodemográficos e contextuais dos municípios. Os dados obtidos foram tabulados em planilha de Excel. Foi realizado o cálculo da proporção de cada variável dependente nos períodos e municípios citados, transformados em gráficos e tabela com intervalo de confiança de 95%. Para análise estatística, utilizamos o programa SPSS versão 21.0. Optamos por testes não paramétricos adequados e realizamos a correlação de Spearman, considerando um nível de significância de 5% (P<0,05), sendo esse coeficiente utilizado para avaliar a força e a direção das associações entre as variáveis ao longo dos períodos estudados. A pandemia da COVID-19 impactou não apenas o número de atendimentos, mas também a realização de procedimentos preventivos. Os procedimentos preventivos 1 foram mais realizados em municípios de pequeno porte, porém ocorreu o inverso com os preventivos 2. Os procedimentos restauradores apresentaram queda progressiva, especialmente após o período trans pandêmico, sendo substituídos, em muitos casos, por exodontias, cuja proporção chegou a atingir 50% dos atendimentos em alguns municípios. A dor de dente foi o principal motivo de atendimento, representando cerca de 75% das notificações, especialmente nos municípios de menor porte. Esses dados indicam uma mudança na abordagem do cuidado, com maior ênfase em atendimentos curativos em detrimento dos preventivos durante e imediatamente após a pandemia. A cobertura da primeira consulta odontológica foi maior em municípios com até 20 mil habitantes, embora tenha oscilado, com redução no período trans pandêmico. Municípios com melhores indicadores socioeconômicos apresentaram maior proporção de tratamentos concluídos e menor incidência de exodontias e atendimentos por dor. Por outro lado, a cobertura da Estratégia Saúde da Família com saúde bucal mostrou-se positivamente associada à realização de exodontias, apontando desigualdades no padrão de atendimento entre os municípios. Essas correlações reforçam o papel determinante das condições sociais e estruturais na assistência odontológica prestada à população infantil durante e após a pandemia.

 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2807181 - MARIA WANDERLEYA DE LAVOR CORIOLANO MARINUS
Externa ao Programa - 1262817 - GABRIELA DA SILVEIRA GASPAR - UFPEExterna ao Programa - 3331661 - NILCEMA FIGUEIREDO - UFPE
Notícia cadastrada em: 10/06/2025 15:46
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