Banca de DEFESA: ANA BEATRIZ MOURA RAULINO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA BEATRIZ MOURA RAULINO
DATA : 17/12/2024
HORA: 09:00
LOCAL: VIRTUAL - VIDEOCONFERÊNCIA - PLATAFORMA GOOGLE MEET
TÍTULO:

VIVÊNCIAS DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM E MEDICINA NO CONTEXTO DE FORMAÇÃO SOBRE VIOLÊNCIA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA



PALAVRAS-CHAVES:
Educação em Saúde; Violência; Criança; Adolescente; Maus-tratos infantis; Estudantes de Medicina; Estudantes de Enfermagem.

PÁGINAS: 93
RESUMO:

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A Violência Contra a Criança e o Adolescente (VCCA) é um fenômeno complexo,
multifatorial e com consequências negativas em curto e longo prazo ao desenvolvimento
humano e à saúde individual e coletiva. Neste contexto, é necessário que o profissional de
saúde, durante a sua formação, desenvolva habilidades e competências que o permita se sentir
apto para lidar com a identificação, manejo e prevenção da VCCA e suas consequências, no
campo prático. Diante disso, questiona-se: quais são as vivências dos estudantes de graduação
de Medicina e Enfermagem sobre violência contra a criança e o adolescente no seu contexto
de formação? Assim, o objetivo do estudo foi as percepções, vivências e conhecimentos dos
estudantes de graduação de medicina e enfermagem quanto à prevenção, identificação e
manejo da VCCA. A metodologia para realização do estudo foi qualitativa e o estudo teve
carater exploratório, com 14 estudantes de graduação do último ano dos cursos de Medicina
(oito participantes) e Enfermagem (seis participantes) de uma Universidade pública brasileira.
Os dados foram coletados entre Dezembro de 2023 e Abril de 2024, a partir de entrevista
semiestruturada e questionário sociodemográfico. A análise foi realizada com base no método
de Análise Temática de Braun e Clarke. Foram encontrados 72 códigos descritivos. A partir
destes, foram agrupados oito temas, os quais foram, por sua vez, divididos em duas grandes
categorias (Abordagem da temática violência contra a criança durante a formação e
Perspectivas sobre a violência na infância). Dentro destas categorias foi possível observar que
os estudantes entendem a VCCA como ações que provocam prejuízos ao desenvolvimento e
bem-estar de crianças e adolescentes. Os estudantes reconheceram aspectos como a
transmissão intergeracional da violência, a necessidade de educação parental e a relação com
os determinantes sociais. Embora reconheçam a importância de identificar sinais de violência
e acolher as vítimas, muitos estudantes relataram dificuldades em formular e implementar
estratégias concretas de prevenção e intervenção, particularmente em ações interdisciplinares.
A negligência, forma mais comum de violência, foi pouco mencionada, sugerindo desafios no
reconhecimento dessa modalidade. Vários estudantes apontaram que a graduação
proporcionou uma base teórica e prática que, em suas percepções, não foi suficiente para lidar
de maneira adequada com a VCCA. Por fim, notou-se que as vivências dos estudantes
abarcaram, em sua maioria, experiências relacionadas a situações de violência física,
psicológica e negligência sofridas por crianças e adolescentes. Estas vivências foram
marcadas pela insegurança sobre o manejo e pela percepção de distanciamento entre teoria e
prática. Os relatos indicam que a formação acadêmica sobre o tema foi considerada limitada,
com dificuldades relacionadas ao processo de notificação e à aplicação prática do
conhecimento adquirido.Nesse sentido, poderia ser de grande valia, ainda, a realização de
pesquisas voltadas à avaliação das habilidades práticas dos estudantes, ou mesmo dos
impactos da implementação de metodologias ativas de ensino para a aquisição destas
habilidades, não apenas com a população infantil, mas também com a população adolescente.

MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 2572261 - ANA PAULA ESMERALDO LIMA - nullInterna - 2331458 - ELISABETE PEREIRA SILVA
Externa ao Programa - 2413124 - KEISE BASTOS GOMES DA NOBREGA - null
Notícia cadastrada em: 25/11/2024 19:36
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