ÍNDICE DE RESISTÊNCIA E A CLASSIFICAÇÃO WIFI NA AVALIAÇÃO DO RISCO DE AMPUTAÇÃO EM PACIENTES COM ISQUEMIA CRÍTICA DOS MEMBROS INFERIORES
isquemia crônica crítica de membro, resistência vascular, ultrassonografia Doppler, doença arterial obstrutiva periférica.
Introdução: A isquemia crítica (IC) é o estágio mais avançado da doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), apresenta alta morbimortalidade e vem aumentando sua prevalência, especialmente devido ao envelhecimento da população e ao aumento do número de pacientes diabéticos. Para melhor estratificação de risco dos pacientes com IC, em 2014, foi criada a classificação WIFI, que avalia ferida, isquemia e infecção, permitindo prever risco de amputação e necessidade de revascularização. No diagnóstico da IC, a arteriografia é considerada o padrão-ouro, embora seja invasiva e com alto custo. A ultrassonografia Doppler (UD), por outro lado, é uma alternativa não invasiva, sem uso de contraste e com baixo custo. Nos últimos anos, destacam-se estudos que utilizam o índice de resistência (IR), obtido através da UD, para a avaliação do leito arterial distal. Apesar dos avanços, ainda não existem estudos que correlacionem diretamente o IR com a classificação WIFI, o que poderia refinar a validação desse índice, trazendo benefícios aos pacientes com IC. Objetivo: Avaliar a relação entre o IR e a classificação WIFI na determinação do risco de amputação maior em pacientes com IC dos membros inferiores (MMII). Metodologia: Estudo de coorte retrospectiva, no qual foram avaliados pacientes portadores de IC dos MMII, internados no Serviço de Cirurgia Vascular do HC/EBSERH – UFPE, nos anos de 2019 a 2025, nos momentos pré-operatório e pós-operatório (30 e 90 dias). Resultados: Pacientes classificados com “alto” risco pela classificação WIFI apresentaram IR significativamente maior comparado aos grupos de “baixo” e “moderado” risco (p < 0,001). Conclusão: Os resultados demonstram que o IR apresenta correlação significativa com a classificação WIFI, indicando seu potencial como marcador funcional complementar na estratificação de risco de pacientes com IC dos MMII, de forma não invasiva, acessível e segura.
Descritores: isquemia crônica crítica de membro, resistência vascular, ultrassonografia Doppler, doença arterial obstrutiva periférica.