Banca de QUALIFICAÇÃO: ALISSON CLAUBER MENDES DE ALENCAR

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALISSON CLAUBER MENDES DE ALENCAR
DATA : 03/07/2025
LOCAL: Sala virtual do CAA
TÍTULO:

OS SENTIDOS DA DOCENCIA ENTRELACADOS PELA HOSPITALIDADE: UM
INTERVALO NECESSARIO PARA OUTRAS LEITURAS PRESENTES NA ESCOLA


PALAVRAS-CHAVES:

Docência; Hospitalidade; Cotidiano Escolar; Cartografia(s).


PÁGINAS: 127
RESUMO:

Nossa tese é costura, é linha, é nó, é coberta, é retalho, é verso, é rima, é poesia, é
acolhimento de vó, é a-braço docente, é cafuné na cabeça de gente, é cantoria de’repente, é
emaranhado social escolar, é dengo ético educacional, é tecido acadêmico-social-vivo de
perspectivas e desafios acolhedores dodicentes. É costura-poética da profissionalidade
docente entrelaçada pela Hospitalidade num pensamento em movimento cotidiano. É um
exercício mental, físico e sensível de vasculhar o vivido, o sentido, o tecido, o versado, o
estudado em busca da criação dum construto de conhecimento-partilhas que possam nos
auxiliar na lida, nas prosas e nas redes de afetos do dia a dia, diante dos desafios do viver e
vivificar, caminhamos com falatitudes em busca e na construção duma Formação-Vivência
docente enlinhada e alinhada com saberesfazeres di’versos impregnados de tintas e linhas de
hospitalidades e afetos. Na condição de professor da educação básica de escolas públicas e
em nossa trajetória dentro das universidades, e de acordo com as ideias iniciais, trazemos
como objetivo/indagação/tensionamento geral deste estudo: Quais são os sentidos
saberesfazeres necessários para tecer-se e versar-se sobre a Docência entrelaçada pela
Hospitalidade, sendo esta pautada sob a égide do encontro, acolhimento, afetividade e
Poética Docente? E sim, é um objetivo que foi/está sendo nos perguntado. Destacamos que
existe uma literatura significativa que aborda os conceitos de Docência e também, de
Hospitalidade, porém, quando nos debruçamos na pesquisa à procura dum referencial teórico,
vimos que é bem escasso encontrarmos materiais acadêmicos que abordam e trazem a relação
entre ambas terminologias. Fazer estas considerações e conexões entre as referidas categorias
analíticas caracteriza-se como uma de nossas intenções. Entendemos e somos defensores da
ideia-ação de que não se pode pensarfazer educação sem acolhimento, sem o estabelecimento
de vínculos entre aqueles e aquelas que vivificam os cotidianos escolares. É mais que
necessário, estar afetado de alma e corpo, sermos corpoafecto e como diz Muylaert (2000)
repleto de desejos e vontades de potência. Dando pontos numa colcha de retalhos poéticos e
costuramos num ateliê provocativo pedagógico remendos, redes, palavras, elos, links e nós,
de inquietudes/interrogações específicas para este estudo trazemos: Quais
artefatos/instrumentos podemos utilizar para aproximar e bricolar este levantamento
bibliográfico conceitual das referidas categorias de análise e a posteriori realizarmos as
articulações necessárias para desenvolvermos reflexões que apontem caminhos que vão de/ao
encontro com nossa provocação - inquietação inicial?; Que estratégias pedagógicas podem ser
movidas e tecidas pelos professores para se potencializar as relações existentes entre a
Inventividade, a Docência e a Hospitalidade a partir dos gestos presentes nas práticas e nos
cotidianos escolares, intencionando melhorias no processo de aproximações
discentes-docentes no espaço escolar?; Diante da provocação primeira que nos movimenta e
nos atravessa, associando esta aos nossos objetivos, geral e específicos, esta tese se centra e
defendemos a seguinte composição: Uma docência que se atravessa ou se deixa atravessar
pela hospitalidade é potente na medida em fortalece os vínculos, afetos, saberesfazeres e
relações de solidariedade e acolhimento no cotidiano escolar. Estes gestos e atitudes
corroboram para a criação de um ambiente educacional prazeroso, salutar, aconchegante,
seguro, afetuoso e respeitoso. Para nos apoiarmos e confabularmos teoricamente, caminhamos
por escapes para perceber os acontecimentos cotidianos e os gestos de hospitalidades nos
fazeres-saberes docentes, enveredamos e embarcamos nos Movimentos das Pesquisas
nos/dos/com os Cotidianos Escolares, como nos exclamam Alves (2008) e Ferraço (2023).
Lançando olhares sob os gestos de Hospitalidade enquanto elo do ethos docente, como
escreve Pereira (2021), partilhamos de concepções pensadas a partir de uma Hospitalidade de
si, Ser escola, ser tempo, ser livre, como descreve lindamente Santos (2019a), somos aqui
artesãos de laços e linhas de encontros potentes na escola. Nos enlinhamos as ideias de
Bernardo (2004) que versa sobre a hospitalidade poética de Derrida. Estamos neste estudo a

costurar Conversações, como fez e faz Deleuze (2010) e Diálogos como fez e faz Deleuze e
Parnet (1998), pois percebemos o Cotidiano escolar como comunidade de afetos, como nas
ideias de Carvalho (2009). Para que os laços afetivos da hospitalidade façam-se presentes nos
discursos e ações da/na trajetória da profissionalidade docente, torna-se fundante um
olhar-sentir-escutar sensível as frestas, aos cochichos e as paredes lisas e ásperas da escola. E
ao analisar, interpretar, refletir, problematizar e compreender este movimento, que é também,
de (auto)formação e de (auto)conhecimento, estamos (re)escrevendo cartas, rotas e mapas que
balizados no método de pesquisa da cartografia, com ancoramento nas conversações que
acontecem de forma espontânea nos cotidianos das escolas, nas salas de aula, nos corredores,
na hora do intervalo, na hora da entrada, na hora da saída, no momento de uma aula vaga e,
também, no momento da aula, no dia de uma reunião, no dia de um planejamento. Assim
sendo, estamos a tentar ‘carto-grafar’ gestos e conversas de gentes na/da escola. A cartografia
nas tessituras de Kastrup (2009) é uma metodologia de pesquisa que transcende os limites
tradicionais da investigação. Ela se propõe a mapear, tatear, tecer e explorar territórios e
tecidos subjetivos, enfatizando os processos, os encontros e os acontecimentos em detrimento
dos objetivos pré-definidos. Ao enveredar nossas análises pelo viés das trilhas cartográficas,
intencionamos valorizar as experiências vividas do nosso campo de investigação, que é a
escola, com propósitos de perceber a partir de olhares, sentires e escutas atenta às conversas e
as relações que se dão no cotidiano escolar. Onde a artesania na confecção e produção das
informações acontece “[...] em movimento, no acompanhamento de processos, que nos tocam,
nos transformam e produzem mundos” (Barros; Kastrup, 2015, p. 73). Por se tratar de um
trabalho repleto de costuras, (re)versos e nós, trazemos como análises discursivas que os
conceitos de docência e hospitalidade, enquanto, elementos construídos socialmente e
historicamente, costurados e atravessados por uma linha artesanal de saberes-fazeres, gestos
docentes, práticas de afetos, movimentos, respeito, olhares, caminhos, lentes, conversas e
encontros entre o outro, o eu, os outros e os NÓS.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2331083 - ALEXANDRE SIMAO DE FREITAS - nullPresidente - 1328163 - CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
Externo ao Programa - 1172944 - CARLOS EDUARDO FERRACO - nullInterna - 2299922 - CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
Interna - 1651275 - LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
Notícia cadastrada em: 02/07/2025 10:16
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