Banca de QUALIFICAÇÃO: DIVANE OLIVEIRA DE MOURA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DIVANE OLIVEIRA DE MOURA SILVA
DATA : 27/06/2025
LOCAL: SALA VIRTUAL
TÍTULO:

ECOS DO PASSADO, DISRUPTURAS NO PRESENTE E PROMESSAS PARA O
FUTURO: a trama discursiva da accountability educacional pernambucana


PALAVRAS-CHAVES:

políticas educacionais; accountability; subjetivação; teoria do discurso; fantasia.

 


PÁGINAS: 115
RESUMO:

A tese discute como as políticas de accountability, presentes no Programa Juntos pela
Educação no sistema educacional pernambucano, moldam identificações, produzindo
processos de subjetivação. Por meio de uma abordagem interdisciplinar, que integra
a teoria do discurso de Laclau e Mouffe (2015), as lógicas de explicação crítica de
Glynos e Howarth (2018) e a psicanálise lacaniana, a pesquisa investiga como
conceitos como gozo, fantasia e falta ajudam a explicar a adesão e a resistência a
essas políticas. Como interlocutores, consideramos Clarke (2015); Cunha (2017);
Lopes (2013, 2018, 2019); Melo, Almeida e Leite (2023); Oliveira e Jesus (2020);
Oliveira, Oliveira e Mesquita (2013); Solomon (2015, 2017); e Stavrakakis (2002,
2003, 2005, 2006), entre outros. Ponderamos que as narrativas hegemônicas da
accountability, baseadas em ideias de eficiência, meritocracia e metas de
desempenho, são sustentadas por fantasias que por um lado prometem sucesso e,
por outro lado, assombram com o fracasso. Ao mesmo tempo movimentos sindicais,
como os produzidos pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco
- SINTEPE, articulam contralógicas discursivas que emergem a desumanização do
sistema, promovendo questionamentos diversos. As fontes para a produção dos
dados envolvem documentos oficiais, relatórios educacionais, discursos de gestores
e materiais sindicais, permitindo compreender tanto as estratégias que reforçam a
hegemonia quanto as resistências que a desestabilizam. A pesquisa se propõe a
defender que a accountability não é apenas uma prática técnica, mas um discurso
carregado de poder e afeto, que molda profundamente as práticas educacionais e os
modos de “estar sendo” dos sujeitos. As resistências sindicais, embora não possuam
demandas homogêneas e sejam constituídas por um caráter identitário sempre
precário e contingente, nos mobilizam a compreender que os discursos de
accountability não são imutáveis, apontando possibilidades de transformação em
direção a políticas mais justas e humanas.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ALICE RIBEIRO CASIMIRO LOPES
Externo ao Programa - 1310850 - GUSTAVO GILSON SOUSA DE OLIVEIRA - nullInterna - 1836356 - KATIA SILVA CUNHA
Interna - 1651275 - LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
Externo à Instituição - MATHEUS SILVA CUNHA - UFPE
Notícia cadastrada em: 18/06/2025 09:24
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