Banca de DEFESA: MARIA RITA BARBOSA PIANCÓ PAVÃO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA RITA BARBOSA PIANCÓ PAVÃO
DATA : 15/09/2025
HORA: 09:00
LOCAL: SALA VIRTUAL
TÍTULO:

DO CHÃO ONDE O RIO DERRAMA BROTA VERVE FEMININA: PROCESSOS
EDUCATIVOS E POIÉSIS NAS EXPERIÊNCIAS DE POETISAS DO SERTÃO DO PAJEÚ

 


PALAVRAS-CHAVES:

Sertão do Pajeú; poesia; educação; mulheres.


PÁGINAS: 209
RESUMO:

Esta cartografia segue movimentos educativos vividos e produzidos no território do Sertão do
Pajeú, microrregião de Pernambuco, Brasil, conhecido pela cultura da poesia popular.
Impulsionado pelo desejo em acompanhar em que medida as memórias, as experiências e a
poesia de poetisas contemporâneas do Sertão do Pajeú indicam processos educacionais de
subjetivação atravessados pelos marcadores de gênero, o mapa contempla linhas que apontam
para movimentos pajeísticos intencionais e não intencionais dispostos no território, localizados
na interface estética-cultura-educação e que transmitem e transformam a singularidade do
Sertão do Pajeú no cotidiano das relações intersubjetivas e na produção poética. A poiésis é o
impulso que gera os movimentos pajeísticos e que neles está contida, vivido na ordem simbólica
e material dos acontecimentos. Entretanto, tais movimentos não estão fora de tramas do poder
que, com base em marcadores sociais da diferença, promovem desigualdades na maneira como
a poiésis aparece histórica e culturalmente. Dentre esses marcadores, o gênero surge neste mapa
como ideia de horizonte capaz apontar as linhas em direção às experiências e às poesias de
mulheres que fazem do Sertão do Pajeú o seu território existencial e de fazer artístico. Na
aproximação, a cartografia compôs uma montagem junto à abordagem fenomenológica e

antropológica da imaginação (Durand, 2012; 2014; Bachelard, 1978); e à escrita-enquanto-
método (Richardson, 2003). Juntas, foram propostas metodológicas que orientaram a

construção do mapa e a realização dos ciclos de conversas com poetisas e glosadoras, tornadas
co-cartógrafas, que compõem o Grupo Mulheres de Repente. Através das reflexões
compartilhadas com autoras/es como bell hooks (1995; 2013; 2018; 2019; 2020; 2021; 2022),
Judith Butler (2015; 2018), Deleuze e Guattari (1995; 1996; 1997; 2011), Michel Foucault
(1979; 2006; 2013; 2014), Linda Nochlin (2016: 2018), Fayga Ostrower (2014), Walter
Benjamin 1994; 2009; 2019), dentre tantas/os outras/os, nos aproximamos das narrativas das
poetisas que, por sua vez, indicam experiências atravessadas pelo gênero, dentro e fora do
Mulheres de Repente. Quanto ao grupo, acompanhamos a sua aparição enquanto assembleia,
estar-junto que se manifesta nas dimensões da organicidade e de agenciamentos coletivos
politicamente engajados e que reivindicam a singularidade do território para revertê-la em favor
da poesia de mulheres.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - SILVIA MARTÍNEZ CAÑO
Interna - 2299922 - CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
Interna - 2088709 - DANIELA NERY BRACCHI
Externa à Instituição - HELOISA JUNCKLAUS PREIS MORAES
Presidente - 1727235 - MARIO DE FARIA CARVALHO
Notícia cadastrada em: 12/09/2025 17:44
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