“EU SOU MOVIDO PELO VERBO ESPERANÇAR”: MAPAS CARTOGRÁFICOS SOBRE A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS) HISTORIADORES(AS) NA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO, CAMPUS MATA NORTE
Educação em direitos humanos. Ensino de história. Ensino superior.
Cartografias.
A presente pesquisa inscreve-se no âmbito das discussões sobre a Educação em Direitos
Humanos (EDH) como ferramenta para a construção de uma cultura de direitos no Brasil e para
o fortalecimento dos processos democráticos. A partir dessa compreensão, consideramos
imprescindível para a solidificação desses objetivos não apenas a elaboração de dispositivos
normativos para a EDH, mas também o engendramento de um entendimento dos direitos
humanos como linguagem de luta. Para isso, a inserção da EDH nas instituições de ensino
superior torna-se etapa fundamental. As abordagens e conceitos da EDH devem fazer parte de
toda a organização dos cursos e da própria instituição, a fim de formar profissionais que
demostrem em suas práticas o compromisso com os direitos humanos. Nesse estudo, propomo-
nos a analisar as possibilidades para a EDH no curso de Licenciatura em História da
Universidade de Pernambuco, Campus Mata Norte, através de um olhar cartográfico sobre o
currículo, as relações subjetivas que se desenrolam em sala de aula e os afetos mobilizados no
processo de ensinar história. Como orientadores desse fazer cartográfico, utilizamos os estudos
de Benjamin (1994; 2009; 2012), Candau (2007; 2008), Deleuze e Guattari (1995), Huyssen
(2014), Jelin (2002), Magendzo (2009; 2015) e muitas outras vozes que aqui compartilham seus
pensamentos. As reflexões desses autores e autoras nos levam a enxergar a pesquisa como
possibilidade, incentivando uma atitude de abertura aos acontecimentos. Assim, na intenção de
compreender as interlocuções e as interpretações acerca da educação em direitos humanos na
formação de professores e professoras de História, pretendemos entrevistar os/as docentes que
ministram disciplinas relacionadas à dimensão dos direitos humanos a partir de um diálogo
aberto, respeitoso e fluido, em que os afetos e subjetividades se façam partícipes.