PROBLEMAS CORDIAIS – ENTRELAÇANDO A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS NO ENSINO DE QUÍMICA
Problemas Cordiais. Resolução de Problemas. Conteúdos Cordiais. Educação em Direitos Humanos. Ensino de Química.
A presente dissertação está centrada na retomada das ações de proposição, no aprofundamento e na estruturação da ideia de Problemas Cordiais, um modelo para abordagem de conceitos científicos por meio da resolução de problemas no ensino de Química, considerando a Educação em Direitos Humanos, a partir dos Conteúdos Cordiais. A partir da consideração das diversas visões sobre resolução de problemas no ensino de Ciências e a relação entre razão e emoção, central na ética da razão cordial, o alicerce da ideia de Conteúdos Cordiais, buscamos propor um modelo de estratégia didática, a partir de reflexões que culminam em um mecanismo, de base teórica e metodológica, para a proposição de problemas que possuam como características essenciais os princípios da razão cordial, a relação humana – para além da científica – do indivíduo com o problema e o estabelecimento de uma atitude diferenciada, que chamamos de “enfrentar para além de solucionar”. Assim, estabelecemos como objetivo avaliar o potencial do modelo Problemas Cordiais para a construção de um Ensino de Química mais humanizado, considerando a relação entre o Ensino de Ciências e a Educação em Direitos Humanos. Para isso, tomando por base o modelo de Problemas Cordiais, buscamos compreender a proposição de problemas cordiais, tanto adaptados a partir de questões do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) quanto a partir de problemas por nós elaborados, centrados nos princípios da razão cordial, nas ideias centrais que estruturam o modelo, a saber: Resolução de Problemas no Ensino de Ciências (Química), Educação em Direitos Humanos e Conteúdos Cordiais. Após a elaboração das propostas de Problemas Cordiais, realizamos um processo de validação a partir dos pares, com critérios específicos, buscando avaliar o potencial do modelo em tela para a promoção de um Ensino de Química que considere estudantes como pessoas ativas no processo e que valorizem a formação em direitos humanos, em uma pedagogia de humanização dos conteúdos abordados. Nossos resultados apontam para a validação dos problemas elaborados e, na visão das professoras e professores participantes da pesquisa, possuem potencial, como um modelo de pensar estratégias didáticas, tanto para o ensino de Ciências, em particular a Química, quando para a formação cidadã, a partir da reflexões advindas da Educação em Direitos Humanos.